
Grupo agia em quatro estados do Brasil. Suspeitos tem longa ficha criminal por estelionato
A Polícia Civil prendeu em flagrante nesta quarta-feira (06)
uma quadrilha especializada no golpe do bilhete premiado. Após três meses de
investigações da Delegacia de Estelionato, o grupo foi preso no bairro Cajuru,
em Curitiba.
Durante a abordagem a polícia apreendeu dois veículos
utilizados pela quadrilha, alguns bilhetes premiados falsos e dinheiro em
espécie.
Segundo os policiais, os quatro suspeitos, entre eles uma
mulher, agiam nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São
Paulo. A quadrilha fez mais de 100 vítimas apenas no estado do Paraná, e agia
também nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Os valores
dos golpes variam de R$ 30 a R$ 100 mil por vítima.
A Polícia informou que a mulher aparecia sempre muito
humilde e abordava as vítimas pedindo informações sobre um endereço onde deveria retirar o prêmio. Um dos comparsas então se aproximava demonstrando interesse em comprar o bilhete, fazia uma ligação para “confirmar” que o bilhete estava mesmo premiado e convencia a vítima a dar um aparte do dinheiro e eles dividirem o prêmio. Ele então entregava para a mulher um maço de dinheiro e todos se encaminhavam até um banco para que a vítima sacasse a sua parte no “acordo”. Os outros dois integrantes da quadrilha acompanhavam o golpe de longe. O grupo agia
normalmente próximo de bancos e casas lotéricas.
“Também estamos investigando se essa quadrilha tem envolvimento
com um outro crime de estelionato onde uma vítima pagou cerca de R$ 1 milhão,
entre joias e dinheiro, em dezembro do ano passado, na capital paranaense”,
explicou o delegado-titular da Delegacia de Estelionato, Wallace de Oliveira Brito.
Teresina da Luz Nunes Tamanho, de 57 anos; Vandervan
Gilberto Tamanho, o “Charoles”, de 56; Joacir Santos da Silva Junior, 35; e
Rafael Silva da Cunha, de 29 anos, vão responder pelos crimes de estelionato e
associação criminosa. Caso sejam condenados, a pena pode chegar a oito anos de
prisão.
Todos os suspeitos possuem passagens pela polícia. Segundo o
delegado, “Charoles” tem mais de 50 registros por estelionato em sua ficha criminal.