Polícia prende suspeito de envolvimento na morte de líder comunitária do Caximba; homem é 'cabeça' do PCC no Paraná
Um homem, de 34 anos, suspeito de ser um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraná, foi preso preventivamente por tráfico e associação ao tráfico de drogas. A captura aconteceu neste domingo (15), no bairro Caximba, em Curitiba. O homem, Alexsandro Machado Fragoso, também é suspeito de envolvimento na morte de Fabíola do Rocio Rebouças, líder comunitária do bairro que foi assassinada em 28 de abril deste ano.
De acordo com a Polícia Civil, o homem tinha dois mandados de prisão em aberto, um por tráfico e associação ao tráfico e outro por recaptura. Ele fugiu do presídio Estadual de Piraquara em 2017, durante uma explosão em um muro. Conforme as investigações, o suspeito autorizava as execuções praticadas pela facção, fornecia residência para que pessoas capturadas fosse torturadas e depois mortas, além de fornecer armamento.
O homem já tinha passagens por roubo, porte ilegal de arma de fogo, incêndio, fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança, disparo de arma de fogo e organização criminosa.
Veja como foi o momento da prisão:
Morte de Fabíola
Alexsandro Machado Fragoso é também suspeito de envolvimento na morte da líder comunitária Fabíola e seria o mandante do crime. A vítima foi assassinada a tiros no dia 28 de abril deste ano, enquanto estava em uma cozinha beneficente do bairro. Conforme a delegada-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Camila Cecconello, Fabíola estava ajudando a Prefeitura de Curitiba a obter dados dos moradores da região para que o município começasse uma reurbanização do bairro, mas isso acabou incomodando pessoas ligadas ao mundo do crime.
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“Segundo as investigações, o que foi apurado até agora no inquérito, a vítima Fabíola era uma das líderes comunitárias do Caximba. A Prefeitura começou a fazer um projeto de urbanização no local porque temos muitas residências ilegais ali, que não estão adequadas. Quando a Prefeitura chega no Caximba e começa a procurar informações sobre essas residências, sobre os dados dessas residências, segundo as investigações, a Fabíola é a pessoa que fornece ajuda à Prefeitura e luta também pela reurbanização do local. E isso acaba afetando algumas pessoas que não querem ser encontradas nessas residências, que não querem fornecer dados de onde elas moram, pessoas ligadas ao tráfico e facções criminosas. Isso então é uma das linhas de investigações, a principal, que isso acabou incomodando muita gente, e uma dessas pessoas seria esse rapaz suspeito, o Alexsandro”.
explicou a delegada Camila.
O inquérito policial ainda não está concluído, mas a Polícia Civil acredita que outras mortes, além de Fabíola, possam ter sido registradas na região a mando ou com envolvimento de Alexsandro, principalmente casos ligados à facções criminosas.
“Vários homicídios, execuções praticadas pelo PCC, que tem o apoio deste rapaz, segundo as investigações que se faziam desde a época em que eu [delegada Camila] estava lotada na Denarc, ele prestava o apoio e fornecia cativeiros para que essas vítimas do PCC fossem presas, torturadas e depois mortas.”
descreveu Camila Cecconello.
A delegada ainda solicita que quem tiver informações sobre outros crimes relacionados ao suspeito denuncie os casos para a Polícia Civil, de forma anônima, para 0 0800-643-1121.
A polícia ainda não conseguiu chegar até o atirador, responsável por efetuar os disparos contra Fabíola e as investigações seguem para identificar e prender o suspeito.