A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu o último suspeito de envolvimento na morte da miss Altônia 2017, Bruna Zucco Segatin, de 21 anos. O crime aconteceu em 2018 e a jovem foi carbonizada em um carro, ao lado do empresário Valdir de Brito Feitosa, de 30. Cinco pessoas foram identificadas com participação nas mortes, sendo que quatro já estavam presas. Eliezer Lopes de Almeida foi preso neste domingo (24), em Pato Branco, no sudoeste do Paraná.

montagem com fotos da Miss Altônia e do empresário mortos em 2018
Miss Altônia 2017 e empresário foram encontrados mortos em março de 2018, em um carro queimado (Foto: Reprodução/ RICtv)

A polícia chegou até Eliezer após uma denúncia que o suspeito estaria na casa de familiares em Pato Branco. O indivíduo foi encontrado em uma residência no bairro São Cristóvão e preso, devido ao mandado de prisão.

Eliezer é apontado como o interlocutor entre os mandantes e o autor do crime que vitimou Bruna e Valdir. O indivíduo teria indicado para o executor quem seriam os alvos da ação criminosa. 

O advogado Jackson Bahls, responsável pela defesa de Eliezer, declarou que já entrou com pedido de liberdade e que o réu deve ser inocentado.

“Eliezer é inocente e injustamente acusado por uma mulher criminosa que deveria estar sendo investigada, que deveria estar sentada no banco dos réus. Nós tivemos uma ação trabalhista promovida pelo esposo dela, executor desta menina, que será o estopim para que ela delate […] nós temos a convicção de que Eliezer é inocente e que será absolvido quando for levado ao julgamento. Já manejamos um pedido de liberdade e revogação desta preventiva, confiamos na justiça e tudo será esclarecido”, declarou Jackson Bahls.

Cinco presos por morte de miss Altônia

Com a prisão de Eliezer, agora, os cinco suspeitos de envolvimento na morte da miss Altônia 2017 e do empresário estão detidos. Quatro prisões foram realizadas no dia 7 de junho, quando a PCPR deflagrou uma operação em cidades do Paraná e Santa Catarina. Na época, um dos suspeitos foi encontrado em um apartamento com porta blindada.

Em junho deste ano, mais de sete anos após o crime, os cinco envolvidos na morte de Bruna foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). De acordo com a denúncia, a motivação para os crimes foi uma desavença entre dois grupos criminosos

Conforme o Ministério Público, o homem assassinado seria contrabandista, e o mandante do crime faria parte de um grupo criminoso rival voltado ao tráfico de drogas. Ao longo das investigações, foi apurado ainda que a jovem assassinada, que tinha 21 anos, não tinha nenhum envolvimento com o crime organizado. Assim, ela só foi morta por estar com o alvo dos criminosos. Após o duplo homicídio, os corpos foram queimados com a caminhonete do empresário.

Assassinatos de miss Altônia e empresário causaram comoção

Bruna Zucco e Valdir Brito Feitosa foram executados a tiros na madrugada de 22 de março de 2018. Em seguida, eles tiveram os corpos carbonizados. Assim, a identificação das vítimas só foi possível após exames de DNA.

O duplo assassinato chocou a cidade, especialmente pela morte da jovem, que havia sido eleita miss Altônia no ano anterior. Ela teria pego uma carona com o empresário porque o seu namorado não pode buscá-la no ponto de ônibus, como fazia rotineiramente. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que ela desceu do ônibus após sair da universidade em que cursava psicologia. As imagens mostram que haviam dois carros nas proximidades, sendo um deles a caminhonete do empresário.

De acordo com as investigações da Polícia Civil na época do crime, a jovem foi morta por ter testemunhado a execução do alvo dos criminosos.

“A Miss Altônia, infelizmente, estava no lugar errado, com o cara errado e na hora errada. Ela não seria alvo desses marginais que assassinaram os dois”, afirmou na época o delegado Osnildo Carneiro Lemes.

Ainda de acordo com a polícia, Valdir, que era dono de uma tabacaria estaria ligado com o contrabando de cigarros, crime bastante comum na região, que fica próxima à fronteira com o Paraguai. Já os acusados de serem os mandantes do crime têm ligações com o tráfico de drogas.

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.