Curitiba - A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou nesta quinta-feira (24) a foto do chefe de uma quadrilha envolvida em dois homicídios na região de Curitiba. O homem, de 32 anos, foi identificado como Efigenio Mayco Teofilo Costa. As mortes aconteceram em fevereiro deste ano.

O primeiro homicídio teve como vítima Leonardo Pendraki Cleris, morto após informar a um desafeto do líder da organização sobre uma tentativa de execução. O aviso teria frustrado o plano e motivado a ordem para que Leonardo fosse executado. A ação foi cumprida por outros integrantes do grupo.
Na madrugada seguinte ao crime, o corpo da vítima foi deixado em um local e, posteriormente, queimado em uma área de mata no bairro Pinheirinho, em Curitiba. Veja o momento em que membros da quadrilha compram combustível para o crime:
Dois dias depois, em 25 de fevereiro de 2025, outro homicídio foi registrado. A vítima foi Brenddom César Casemiro Teixeira, morto pelos próprios comparsas. Segundo apurações, ele teria se apropriado de duas armas da organização e, em vez de devolvê-las, empenhou os armamentos em troca de dinheiro e drogas.
“A execução teve início durante o trajeto entre Araucária e Curitiba, com agressões dentro do veículo. Ao chegarem à rua Juarez Távora, no bairro Tatuquara, a vítima foi golpeada com um bloco de concreto. Brenddom morreu meses depois, em 3 de maio de 2025, em decorrência dos ferimentos”, explica o delegado da PCPR Victor Menezes.
De acordo com o delegado, os dois homicídios apresentam elementos que revelam o funcionamento da organização criminosa, com punições internas, destruição de provas e ocultação de corpos.
Todos os envolvidos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, destruição e ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa.
Defesa de Efigênio se pronuncia; veja a nota na íntegra
O escritório Dalledone & Advogados, responsável pela defesa de Efigênio Mayco Teófilo Costa, esclarece que a tentativa de o associar à liderança de uma organização criminosa é precipitada, ignora decisões judiciais que já o inocentaram e faz parte de uma perseguição à família Teófilo.
Desde 2022, as tentativas de imputar crimes a Efigênio vêm sendo desmontadas pela defesa. Na época, ele foi julgado e absolvido pelo Tribunal do Júri. Em outra investigação, o próprio Ministério Público do Estado do Paraná afastou a participação de Efigênio, promovendo o arquivamento do caso, por falta de elementos de prova.
Neste mês, o irmão de Efigênio, Lucas Luan Teófilo Costa, foi julgado e também absolvido pelo Tribunal do Júri. A decisão popular reconheceu a fragilidade das acusações e a ausência de provas na investigação, que também apontava Efigênio com partícipe.
É lamentável que, mesmo diante de decisões que isentam Efigênio e o irmão de qualquer participação criminosa, os dois continuem sendo alvos de espetacularização e perseguições infundadas. Trata-se de mais uma tentativa de criminalização sustentada apenas por depoimentos frágeis, de “ouvir dizer”.
Dalledone & Advogados Associados
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