O advogado da família entrou com um mandado de segurança para conhecer o conteúdo do inquérito
A família da menina Tayna, morta em junho de 2013, aguarda há quase dois anos pelo desfecho do caso. Durante todo esse tempo, a família não teve acesso ao inquérito que investiga a morte da adolescente, que tinha 14 anos na época do crime. Pelo fato de Tayná ser menor de idade e por haver suspeita de violência sexual, o caso corre em segredo de justiça.
Para obter mais informações sobre o caso, o advogado da família de Tayná, Luis Gustavo Janisewski, entrou com um mandado de segurança para ver o que existe no inquérito. O pedido foi julgado nesta quinta-feira (09) na 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, em Curitiba. “Até os advogados dos acusados tiveram acesso ao inquérito. E a família, que é a maior interessada, não teve”, disse Janisewski.
Na audiência desta quinta, os juízes decidiram que a família finalmente vai conhecer os detalhes do inquérito. Segundo o advogado da família, a decisão emocionou até os magistrados. Com as informações do inquérito, a família espera conseguir justiça.
Nesta sexta-feira (10), o programa Balanço Geral Curitiba exibe uma reportagem sobre o caso.
Relembre o Caso Tayná
Tayná Adriane da Silva desapareceu na noite do 25 de junho de 2013, no mesmo bairro onde morava em Colombo. Seu corpo foi encontrado três dias depois, dentro de um poço em um matagal. Investigadores da Delegacia do Alto Maracanã prenderam quatro funcionários de um parque de diversões que ficava em frente ao local onde a garota foi vista pela última vez. Os suspeitos chegaram a confessar o estupro e o assassinato da adolescente na época, mas depois voltaram atrás. Eles afirmaram ter sido torturados pelos policiais para confessarem o crime.
O Ministério Público abriu outro inquérito, denunciando 17 policiais, dois guardas municipais e outras duas pessoas pela tortura dos funcionários do parque. Todos os policiais envolvidos estão em liberdade e afastados das funções públicas.
Os quatro suspeitos de matar Tayná foram incluídos no sistema de proteção a testemunhas e foram levados para fora do Paraná.
A pedido da família de Tayná, o corpo da adolescente foi exumado e passou por exame para esclarecer se ela foi vítima de violência física antes de morrer e se havia indícios de abuso sexual. O laudo apontou que não houve violência sexual, confirmando o exame do Instituto de Criminalística, realizado antes do sepultamento.