Candidato ao Senado, Beto Richa foi preso pelo MP-PR. (Foto: Reprodução/Robson e Silva)

Richa e outras onze pessoas foram presas na manhã desta terça (11); todos tiveram a prisão temporária decretada

Beto Richa chegou no final da tarde desta terça-feira (11), por volta das 17h45, ao Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde deverá cumprir a prisão temporária que vale por cinco dias. O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado foi preso durante a Operação Rádio Patrulha, do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada no início desta manhã.

A defesa do ex-governador informou à RICTV Curitiba | Record PR, durante entrevista no início da tarde, que ele está bem e sereno. “Ele sempre se dispôs a prestar quaisquer esclarecimentos à Justiça e também ao Gaeco e não há razão para esse procedimento, inclusive e especialmente, em período pré-eleitoral”, disse. 

O Complexo Médico Penal (CMP), de Pinhais, é famoso por abrigar diversos políticos presos na Operação da Lava Jato, da Polícia Federal, entre eles Eduardo Cunha, André Vargas e Aldemir Bendine ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil. O ex-ministro José Dirceu também passou uma temporada no local, mas agora cumpre em liberdade os 30 anos e 9 meses de prisão aos quais foi condenado. 

Prisão de Carlos Alberto Richa

Richa foi preso pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) junto com outras onze pessoas. A operação em questão é referente ao pagamento de propina a agentes públicos, lavagem de dinheiro, direcionamento de licitações de empresas e obstrução da Justiça durante o programa do governo estadual ‘Patrulha do Campo’.

De acordo com Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, o programa era responsável por pela locação de máquinas pelo Governo do Paraná, usadas para a conservação das estradas rurais. Ainda segundo Batisti, as prisões na véspera das eleições não foi intencional, mas sim consequência do andamento das investigações. “O Ministério Público tenta se pautar, embora não pareça para muitas pessoas, de acordo com as próprias condições. Não há uma vedação legal de se fazer investigações no período pré-eleitoral. Eu sei que quando atinge uma pessoa que inclusive é candidata, é óbvio que isso interfere, mas nós não podemos parar os trabalhos”, disse durante entrevista.

Na tarde de terça, todos os suspeitos presos durante a manhã participaram da Audiência de Custódia realizada no Centro Judiciário, no bairro Ahú, na capital.

Lava Jato

O político também é investigado pela Polícia Federal na 53ª fase da Lava Jato. Sobre essa suspeita, o apartamento de Beto foi alvo de mandado de busca e apreensão também na manhã desta terça (11).

Quem são os presos da Operação Rádio Patrulha:

Fernanda Richa – esposa de Beto Richa e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social

Pepe Richa – irmão de Richa e ex-secretário de InfraestruturaRobinson Cavanhago – empresário

Luiz Abib Antoun – primo de Richa

Aldair W. Petry –

Celso Frare – empresário da Ouro Verde

Deonilson Roldo – ex-chefe de gabinete

Dirceu Pupo – contador

Ezequias Moreira – ex-secretário de cerimonial de Beto Richa

Emerson Cavanhago – empresário

Fernanda Richa – esposa de Beto Richa e ex-secretária da Família

Túlio Bandeira (preso) – advogado

Mandados em aberto:

André Felipe Bandeira

Joel Malucelli – empresário J.Malucelli

Edson Casagrande – ex-secretário de Assuntos Estratégicos

Assista à reportagem completa sobre a prisão:

A RICTV Curitiba conta todos os detalhes sobre a Operação Rádio Patrulha.