Rodrigo Gularte foi notificado no último sábado, mas segundo a prima dele, ainda acredita que vai ser solto
O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, preso na Indonésia por tráfico de drogas, pode ser executado no país a qualquer momento. O traficante, que tentou desembarcar no aeroporto da Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe, foi notificado sobre o cumprimento da sentença no último sábado.
A lei indonésia determina que o condenado seja informado com pelo menos 72 horas de antecedência. Apesar disso, a prima do brasileiro, Angelita Muxfeldt, que está na Indonésia acompanhando o caso, visitou Rodrigo nesta terça-feira (28) e disse que Gularte sofre de alucinações e não sabe que será executado. “Ele acredita que vai ser solto”, disse Angelita.
No Brasil, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os advogados da família de Gularte correm contra o tempo para tentar reverter a pena do traficante. A OAB aprovou nesta segunda-feira (27) o envio de uma moção ao governo da Indonésia em favor do paranaense, que foi diagnosticado como portador de esquizofrenia.
Segundo a OAB, a doença mental seria um impeditivo à pena de morte. O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, afirmou que a execução viola frontalmente os direitos humanos.
O governo da Indonésia informou que as execuções de nove traficantes estrangeiros, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte, ocorrerão nesta semana. O país ignorou os apelos de último minuto da Austrália e das Filipinas, além de ignorar decisão da Corte Constitucional de ouvir uma última contestação.