O cadáver da moça estava enterrado a poucos metros de onde o corpo do rapaz havia sido encontrado. Há indícios de violência física e sexual no corpo

O corpo de Simone de Paula Carneiro de Jesus, de 27 anos,  foi encontrado no final da tarde de domingo (24) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. A jovem desapareceu junto com o namorado, Ricardo Baranoski, de 20 anos, da sexta-feira (15). O corpo do rapaz foi encontrado na quinta-feira (21), enterrado próximo ao Núcleo Rio Verde. O corpo de Simone estava enterrado a poucos metros da cova onde o namorado foi achado.

O casal foi visto pela última vez saindo de um bar na Vila Baraúna na sexta-feira (15). Os familiares registraram o Boletim de Ocorrência (B.O) do desaparecimento dos dois apenas na manhã de domingo (17).

O principal suspeito do crime, um homem de 35 anos, foi preso na quarta-feira (20). Segundo a delegada da Polícia Civil Tânia Maria Sviercoski, responsável pelo caso, ele teria sido a última pessoa a ver o casal com vida saindo do bar. “As vítimas, a bicicleta e as roupas dos namorados também foram encontradas em um matagal perto da casa dele”, explicou a delegada.

Tânia Maria Sviercoski afirmou ainda que há indícios de violência física e sexual no corpo da jovem, mas apenas o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) pode esclarecer essas circunstâncias. “Vamos ouvir familiares e pessoas próximas das vítimas, além do suspeito. Precisamos comprovar se ele tinha algum relacionamento com Simone”, afirmou a delegada.

Durante depoimento à polícia, o suspeito deu a entender que eles tinham um caso. “A situação ainda precisa ser confirmada com pessoas próximas”, disse Sviercoski. Conforme a delegada, o fato vai indicar se este é um caso de feminicídio, que o homicídio qualificado contra a mulher por razão de gênero.

Segundo a delegada, o suspeito deve continuar preso durante as investigações. “A prática do duplo homicídio qualificado, utilização de meio cruel e a ocultação dos cadáveres já foram confirmadas. Se ele for considerado culpado, pode pegar mais de 50 anos de prisão”, explicou.