De acordo com o advogado do brasileiro a acusação relacionada ao tráfico de drogas é infundada
A defesa do piloto curitibano Asteclínio da Silva Ramos Neto, de 28 anos, preso desde abril no Peru, após ter a aeronave que pilotava abatida pelo exército daquele país, deve entrar com pedido de liberdade do brasileiro esta semana. O advogado Rodrigo Faucz, contratado pela família do curitibano, está com a mãe do piloto, Vera Lúcia de Moura, em Lima, capital peruana, onde se reuniu nesta segunda-feira (1) com o embaixador brasileiro Carlos Alfredo Lazary Teixeira.
A embaixada brasileira está auxiliando o advogado e os familiares de Asteclínio na locomoção a Sapoti e também garantiu que irá fazer o possível para que a situação do brasileiro seja resolvida o mais breve possível. Ainda hoje o advogado irá embarcar para a cidade de Huancayo e na terça-feira (2) viajará a Satipo, para se reunir com autoridades locais e com Asteclínio.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, no dia 17 de abril, a embaixada brasileira em Lima foi informada pelas autoridades peruanas sobre a prisão do brasileiro por “estar pilotando aeronave que seria utilizada para transporte de quantidades consideráveis de drogas, destinadas ao mercado internacional”.
“Junto com o defensor público designado para acompanhar o caso, vamos tentar que Asteclínio responda em liberdade. Nossa intenção é que ele possa responder ao processo no Brasil e pediremos apoio do governo brasileiro”, afirmou Faucz.
O advogado disse também que vai pedir ajuda à embaixada brasileira para que ele e a mãe do piloto consigam visitá-lo no presídio. “Também vamos tentar reuniões com o juiz que decretou a prisão preventiva, com o promotor do caso e com as autoridades penitenciárias”.
De acordo com o defensor, a acusação relacionada ao tráfico de drogas é infundada. “Não foram encontradas drogas no avião abatido”, disse Faucz.