Os crimes foram praticados há uma semana em Puerto Iguazu, cidade argentina que faz fronteira com Foz do Iguaçu

André Roberto Alliana está preso na Argentina acusado de assaltar duas mulheres usando uma pistola 9mm falsa. O homem foi assessor do ex-deputado federal André Vargas (ex-PT), que está preso por envolvimento nos crimes investigados pela Operação Lava Jato.

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Os crimes foram praticados há uma semana em Puerto Iguazu, cidade argentina que faz fronteira com Foz do Iguaçu. A polícia daquele país ainda investiga a possível participação de Alliana em outros crimes semelhantes cometidos na mesma cidade.

Segundo a polícia de Puerto Iguazu, o Alliana teria ameaçado uma jovem com uma arma na madrugada de quinta-feira (21) e a obrigou a entregar a carteira. Após o roubo, a mulher comunicou o crime à uma viatura da polícia e deu as características físicas do ladrão.

Ao realizarem rondas na cidade, os policiais encontraram o suspeito, que acabou fraturando o fêmur durante a tentativa de fuga. Com Alliana, os policiais encontraram vários documentos e objetos pertencentes a outras pessoas, além da arma falsa.

Uma menor de idade, que havia sido vítima de roubo na madrugada anterior, também reconheceu Alliana em fotografias. A justiça argentina determinou que o homem continue preso durante as investigações de outros dez crimes com as mesmas características ocorridos na cidade.

Alliana já tem condenações criminais no Paraná e, em 2000, foi alvo de inquérito em Foz do Iguaçu, acusado de estuprar uma mulher.

Trajetória na política

O suspeito foi nomeado no início de janeiro para o cargo de secretário parlamentar no gabinete do deputado federal Zeca Dirceu (PT), filho do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que também está preso pela Lava Jato. O salário para a função é de R$ 2.595, mas Alliana não assumiu a função.

De acordo com a assessoria de imprensa do deputado federal Zeca Dirceu (PT), o homem foi indicado para o posto de secretário parlamentar, mas a nomeação, que chegou a ser publicada, foi rejeitada depois de o gabinete “avaliar documentação e histórico”.

A assessoria do deputado confirmou também que Alliana trabalhou na campanha de Zeca Dirceu em 2014 como “apoiador da campanha, sem qualquer vínculo empregatício”, mas disse que o deputado não sabia de antecedentes criminais do acusado.