No total, estão sendo cumpridos 40 mandados judiciais

Foi preso, na manhã desta segunda-feira (03), o ex-ministro da Casa Civil durante o governo Lula, José Dirceu. A prisão é resultado da 17ª fase da operação Lava Jato, que acaba de ser deflagrada e foi batizada de “Pixuleco”, termo utilizado para nominar a propina recebida em contratos.

Dirceu sabia que corria risco de prisão e, há cerca de um mês, entrou com um pedido de habeas corpus preventivo no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Curitiba (PR). A acusação é contra a empresa do ex-ministro, a JB Consultoria, que estaria operando como receptora de propina. Também foi detido o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva.

O ex-ministro foi preso em casa e levado para a Superintendência da Policia Federal em Brasília, por quatro agentes da PF. Ele deixou sua residência vestindo uma camisa azul, calça social e terno e não foi algemado. Ele aparentava tranquilidade e foi levado no banco de trás de uma caminhonete da PF. Dois carros caracterizados da Polícia entraram na garagem da casa do ex-ministro para levá-lo.

Dirceu cumpria prisão em regime aberto após ter sido acusado no julgamento do mensalão. Ele aguarda definição do Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja transferido para Curitiba, para onde estão sendo levados os demais presos da Lava Jato. Como Dirceu cumpre pena por resultado de julgamento do STF, ele depende de autorização da Corte para ser transferido.

Pixuleco

No total, estão sendo cumpridos 40 mandados judiciais, sendo 26 de busca e apreensão, três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e seis de condução coercitiva, em Brasília (DF) e nos estados de São Paulo e Rio de janeiro.

“Esta fase da operação se concentra no cumprimento de medidas cautelares em relação a pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o Poder Público, alcançando beneficiários finais e ‘laranjas’ utilizados nas transações. Entre os crimes investigados estão: corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro”, informa a Polícia Federal (PF).

Participam das ações cerca de trezentos policiais federais.