Namorado da fisiculturista é suspeito de ter asfixiado a atleta e jogado o corpo da companheira da janela do apartamento onde o casal morava, no Centro de Curitiba.

A Justiça do Paraná pediu, na tarde desta sexta-feira (25), a prisão do médico endocrinologista Raphael Suss Marques, namorado da fisiculturista Renata Muggiati. Marques é suspeito de ter asfixiado a atleta e jogado o corpo da companheira da janela do apartamento onde o casal morava, no Centro de Curitiba. De acordo com o delegado Jaime da Luz, responsável pelo caso, os laudos apontaram que Renata foi asfixiada antes de cair do prédio.

Confira, na íntegra, o laudo sobre a morte de Renata Muggiati

A musa fitness tinha 32 anos e morreu na madrugada do dia 12, depois de cair de mais de 100 metros de altura. O corpo de Renata, que estava retido em uma câmara fria no Instituto Médico Legal (IML), foi sepultado na última segunda-feira (21), quase dez dias após sua morte.

Ao chegar na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Raphael Suss Marques negou que tenha asfixiado e jogado a namorada do prédio. Ao ser questionado sobre o que aconteceu no dia 12, o médico relatou “Dia 12 foi o dia do suicídio dela (Renata)”, disse.

Inicialmente o corpo da fisiculturista seria cremado, porém a família optou por enterrar a atleta. “Embora o IML tenha dito que todos os exames já foram realizados. Nós achamos mais prudente enterrar, porque o caso ainda não foi solucionado”, disse a irmã da modelo, Thereza Christina Gabriel.

Confira o momento em que o médico e namorado de Renata Muggiati chega à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

 

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Mistério

O caso da morte de Renata Muggiati foi tratado inicialmente pela Polícia Civil como suicídio. Devido a uma série de reclamações e denúncias, inclusive de amigos da atleta, de que ela teria um relacionamento conturbado com o namorado, o médico Raphael Suss Marques, e que sofria violência doméstica.

O companheiro de Renata estava no apartamento com a atleta no momento em que ela teria se jogado pela janela. Marques relatou à Polícia que a namorada vinha sofrendo de depressão e que já havia tentado suicídio. Na mesma noite da morte, o casal teve uma discussão, relatada por vizinhos e confirmada pelo próprio Raphael em depoimento à polícia, e Renata teria tentado se jogar pela janela duas vezes. Segundo o médico, nas duas primeiras tentativas, ele conseguiu impedir, mas na terceira vez estava do outro lado do apartamento e não teve tempo de chegar até a janela.

A Polícia Civil trabalhava com três hipóteses para o crime: Suicídio, homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e indução ao suicídio.