O delegado Clóvis Galvão, da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) não vai mais assinar alvará da segurança pública para liberação de festas raves. O delegado também pedirá a proibição de todas as festas deste em Curitiba e na região metropolitana.

A Demafe, que atua em grandes eventos, como shows e partidas de futebol, tomou a decisão após receber muitas reclamações por causa do som alto destas festas.

A explicação para a negativa do Delegado Clóvis seria que as raves são um incômodo para as famílias que residem próximo aos locais desses eventos e também pelo consumo de substâncias ilícitas por parte do público frequentador. “O crime de perturbação de sossego público, está caracterizado na inconveniência nas pessoas que têm suas moradias, sua residências e suas famílias nas proximidades. O segundo motivo que nós constatamos que existe uma acentuada venda de drogas nesses eventos. Além da participação de menores nesse tipo de festa”. afirmou o delegado.

Até o fechamento desta matéria, mais de 1.300 internautas votaram na enquete publicada na página do Balanço Geral Curitiba: 36% estão contra o fim das raves e 64% são favoráveis pela proibição.

Empresário musical

O empresário Carlos Civitate Júnior, conhecido como “Jeje” é responsável por trazer para Curitiba festas de música eletrônica como Tribaltech, Xperia e Warung, ele vai contra a proibição do Delegado Clóvis Galvão. “O Doutor Clóvis conhece nosso trabalho, de mais de 20 anos. Sempre foi uma coisa que a gente discutiu juntos. Nós temos eventos que tem 1.500 funcionários trabalhando. A questão é juntos olhar onde pode e como pode.” enfatizou Jeje.

Carlos Civitate também levantou hipóteses da capital paranaense ter locais apropriados para a realização das festas. “Em Curitiba eu acho que não exista mais lugares abertos para festas. Mas existem locais fechados que pode ser realizado, a Pedreira e locais fechados com tratamento acústico.” relatou o empresário em entrevista ao Balanço Geral Curitiba.