A Polícia Federal começa a ouvir na manhã deste sábado (15), na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, em Curitiba, 20 presos na sétima etapa da Operação Lava Jato, que apura denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. Quatro deles se apresentaram espontaneamente na noite desta sexta (14) e o restante foi detido pela própria polícia.

Agentes ainda procuram outras cinco pessoas, uma delas com prisão preventiva decretada e quatro com prisão temporária. Segundo a Polícia Federal, eles podem ser presos a qualquer momento.

Os 16 detidos na sexta-feira chegaram às 4h20 da madrugada deste sábado ao aeroporto de Curitiba. O avião com os presos saiu de Brasília, passou por São Paulo para depois fazer uma escala no Rio de Janeiro. A previsão era que os presos chegassem entre 19h e 20h ao Paraná, mas uma pane deteve o avião no Rio até a madrugada de hoje.

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Os presos estão separados em celas com três ou quatro pessoas, e permanecem sob custódia na própria PF até o fim dos depoimentos. Depois, aguardam decisão da justiça sobre uma possível transferência para unidades prisionais.

Clube “VIP”

As nove principais empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato formaram um “clube” para desviar recursos de obras públicas, segundo depoimentos dos delatores do esquema. Na Petrobrás, o cartel fraudou licitações e superfaturou contratos em pelo menos nove grandes empreendimentos, mediante o pagamento de suborno a dirigentes. O ex-diretor de Serviços Renato Duque, preso ontem, recebeu propinas de até R$ 60 milhões, conforme relataram os executivos da Toyo Setal Júlio Camargo e Augusto Mendonça de Ribeiro.

Na obra de modernização da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) foram negociados pagamentos de propina de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões, feitos entre 2008 e 2011. (Leia mais)