Ex-diretor da Petrobras foi preso pela segunda vez durante investigações da Operação
A Polícia Federal deflagrou a 10ª fase da Operação Lava Jato nesta segunda-feira (16). O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi preso, mais uma vez, em sua casa no Rio de Janeiro e será trazido para a Superintendência da PF em Curitiba. Os agentes cumprem mandado de busca e apreensão na casa do ex-diretor.
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O doleiro Adir Assad é outro alvo desta fase da operação. Operador de empreiteiras, Assad é um dos maiores doleiros do Brasil e já foi investigado em outra operação recente da PF.
A décima fase da Lava Jato foi batizada com o nome de “Que país é esse”, em alusão à frase usada por Duque quando foi solto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) numa das fases anteriores da operação.
De acordo com depoimento dos delatores do esquema de corrupção na Petrobras, o PT era o partido que recebia propina sobre os contratos fechados durante a diretoria de Duque. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de inquérito para o STF acolhendo a tese de que parte dos valores dos contratos fechados na área de Serviços financiava o partido. O operador do esquema seria João Vaccari Neto, tesoureiro nacional do PT.
Além da lavagem de dinheiro, a PF investiga nesta fase da operação os crimes de fraude em licitação, uso de documentos falsos, corrupção passiva e ativa e associação criminosa. A prisão de Renato Duque é preventiva e não tem prazo para terminar.
Cerca de 40 agentes trabalham nesta segunda-feira para cumprir 18 mandados judiciais, 12 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e quatro de prisão temporária nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.