Nesta quinta-feira (15), a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. Ele foi o único réu a fugir do País e foi preso em fevereiro pela polícia italiana.

No apartamento de Pizzolato, no Rio de Janeiro, os agentes procuraram por documentos que possam comprovar a possível ocultação de bens de Pizzolato. O polícias apreenderam dois computadores portáteis, documentos e mídias eletrônicas. O mandado de busca e apreensão foi autorizado pela 2ª Vara Federal Criminal.

A Operação Pizzo, deflagrada nesta quinta-feira, foi montada em conjunto com Ministério Público Federal para investigar a prática dos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, no Brasil e no exterior, pelo condenado. Informações do Escritório Central Nacional da Interpol, no Brasil, com o apoio de adidos policiais brasileiros no exterior indicam que Pizzolato tenha registrado bens em nome de parentes, inclusive de irmãos já falecidos.

Os procuradores também solicitaram à Itália o compartilhamento das provas colhidas a partir da prisão de Pizzolato, “notadamente dos dados constantes em computadores portáteis e equipamentos eletrônicos apreendidos em sua posse”. Em nota, o MPF informa ainda que serão realizadas outras diligências no exterior.

Pizzolato tem cidadania italiana e vivia em Maranello com passaporte em nome de um irmão já morto. O julgamento do pedido de extradição para o Brasil está marcado para 5 de junho. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, já informou ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que Pizzolato deverá cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, caso seja extraditado.