O profissional, que trabalha como enfermeiro há 23 anos, deve responder por homicídio culposo

A Polícia Civil indiciou um enfermeiro pela morte de uma mulher, ocorrida no dia 23 de junho, em frente a uma Unidade de Pronto Atendimento no bairro Fazendinha, em Curitiba. O profissional, que trabalha como enfermeiro há 23 anos, deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. As investigações apontaram que o homem poderia ter, ao menos, medicado a paciente Maria da Luz das Chagas dos Santos, de 39 anos, quando ela se dirigiu a unidade de saúde em busca de atendimento. Novas informações devem ser repassadas em breve durante uma coletiva de imprensa.

Dois dias depois do caso, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a morte da mulher, que faleceu enquanto procurava atendimento. Durante as investigações foi apurado se houve negligência por parte dos funcionários da unidade de saúde. A família alega que houve omissão de socorro por parte de médicos e enfermeiros. Quatro funcionários da unidade de saúde foram afastados durante o processo.

O caso

Maria da Luz das Chagas dos Santos, de 39 anos, procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Fazendinha se queixando de fortes dores de cabeça. Chegando ao local, a vítima precisou aguardar por mais de três horas por atendimento e faleceu na calçada, ao lado do marido, no momento em que os dois caminhavam até uma farmácia para comprar algum medicamento que aliviasse a dor.

Em nota oficial, o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren/PR) informa que recebeu da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no dia 29 de julho, o Relatório de Comissão de Apuração Preliminar, o qual desencadeou a abertura de Processo Administrativo interno de denúncia com designação de conselheiro relator.

O relator tem até 10 dias para admissibilidade ou não do caso, havendo possibilidade – se necessário – de ampliação do prazo por suas especificidades e para que não seja cometida nenhuma injustiça com os profissionais de Enfermagem envolvidos.

Ainda segundo a nota oficial, o relator e a presidência da autarquia  decidiram realizar a averiguação prévia com o intuito de coletar mais elementos de prova, tendo em vista que a única documentação, até então existente, era o Relatório enviado pela SMS.