Joel Bin, de 44 anos, que matou um policial atropelado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no início da noite do último sábado (13), deverá responder o processo em liberdade. O comerciante dirigia um caminhão-baú na contramão, após ter bebido, quando atingiu a motocicleta de Lukas Raffael Gasparin Brandt, de 29 anos.

Motorista que atropelou policial não prestou socorro 

Para o delegado Amadeu Trevisan, responsável pelo inquérito, o motorista do caminhão assumiu o risco ao beber e dirigir, além de ter omitido socorro ao policial.“Ele entrou na contramão, nós sabemos, já temos prova nos autos, tudo que eu digo é baseado naquilo que eu coleto no inquérito policial, nós temos provas que depois que ele passou por cima da moto é que ele foi usar freio. Ele simplesmente abandonou a vítima no meio da pista”, declarou em entrevista coletiva.

Até o momento, seis pessoas foram ouvidas sobre o caso do policial atropelado. Entre elas, três testemunhas oculares do acidente de trânsito e três policiais militares que atenderam a ocorrência. 

Nesta terça-feira (16), a esposa do policial há 14 anos afirmou esperar que a Justiça seja feita. “Eu só quero que Deus faça Justiça, eu não desejo o mal pra ninguém porque eu sei que ele também não queria o mal. Eu só quero a Justiça porque ele rasgou todos os planos que a gente tinha. Um marido maravilhoso, sempre queria me ver bem, sempre fazia de tudo por mim e hoje o que fica é saudade. A vontade de dizer o quanto eu o amava e não deu tempo”, declarou.

O que diz o advogado de defesa sobre o caso do policial atropelado

Joel fugiu do local do acidente e se apresentou na delegacia apenas na noite desta segunda-feira (15) para prestar depoimento. Antes disso, durante a tarde, investigadores da Polícia Civil foram até sua residência, mas não encontraram o comerciante. Sua esposa declarou que o marido havia fugido a pé logo depois de chegar em casa no sábado.

O comerciante foi até a delegacia para falar sobre o atropelamento do policial. (Foto: Reprodução/RICTV)

Conforme Mauricio Zampieri, advogado de defesa de Joel, seu cliente não prestou socorro ao policial porque não percebeu que havia passado por cima da motocicleta. “Ele trabalhou durante a tarde, fez um almoço com a família, tomou algumas cervejas. Estava indo pra residência dele, escutou algum barulho, não sabia que era um acidente. Tomou conhecimento que teria ceifado a vida do policial militar na residência dele”, disse. 

Ainda segundo Zampieri, o condutor do caminhão admitiu ter ingerido bebidas alcoólicas no sábado, mas o que teria causado o acidente foi o sono. “Ele falou que cochilou. Ele faz uso de medicação controlada é um cidadão de bem que acorda cedo pra fazer o trabalho, às 6h da manhã”, finalizou. 

Acidente que vitimou o policial militar 

O acidente que ocorreu na Alameda Arpo, no Jardim Cruzeiro, por volta das 18h de sábado, quando o policial militar seguia para casa após o trabalho. Câmeras de segurança registraram o momento que o caminhão-baú transita na contramão, desvia de uma Kombi e, na sequência, atropela o policial. Lukas morreu no antes da chegada de socorro. 

O condutor da Kombi foi uma das testemunhas que esteve na delegacia de São José dos Pinhais. À polícia, o homem afirmou que o caminhão transitava em zigue-zague no momento da colisão. 

Assista ao vídeo do acidente:

O policial foi atropelado em São José dos Pinhais.