Reni Pereira é apontado como chefe de uma organização criminosa. Ele foi afastado do cargo nesta quinta-feira (14)

O prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Clóvis de Souza Pereira (PSB), foi preso nesta quinta-feira (14) pela Polícia Federal (PF) na 4ª fase da Operação Pecúlio. De acordo com a PF, o prefeito cumprirá prisão domiciliar até o fim do processo. A prefeitura da cidade informou que, por enquanto, não vai se manifestar sobre a prisão.

Reni Pereira é apontado pela polícia como o chefe de uma organização criminosa que desviou R$ 5 milhões dos cofres públicos em fraudes e licitações. Além de não poder sair de casa, a Justiça determinou que ele não pode receber visitas sem autorização judicial e nem utilizar telefones celulares e internet, salvo para contatos com o advogado de defesa e familiares.

Nesta quinta, Reni foi afastado do cargo de prefeito e a vice, Ivone Barofaldi (PSDB), assumiu a administração municipal. 

A Operação Pecúlio começou em abril de 2014. As denúncias apontavam que agentes políticos, servidores e empresários fraudavam licitações nas áreas da Saúde e de Obras. Além de Reni, a ação penal tem 85 réus e seis deles permanecem presos. Todos os suspeitos respondem pelos crimes de peculato, corrupção passiva e ativa e fraude a licitações.

Reni Pereira chegou a prestar depoimento no início da operação. A polícia já havia pedido a prisão do prefeito. O pedido, na época, foi negado pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre.