Um policial civil foi preso após invadir uma obra e atirar contra trabalhadores em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na noite de sexta-feira (17). O agente, identificado como Fernando Augusto Diniz, de 37 anos, é investigador da Polícia Civil de Minas Gerais e foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificado. O homem ficará em prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica, por decisão da justiça.

Segundo o boletim de ocorrência, Diniz chegou ao canteiro de obras armado com um fuzil e ordenou que os funcionários se deitassem no chão. Em seguida, efetuou disparos que atingiram dois trabalhadores, de 32 e 57 anos. Ambos foram socorridos e encaminhados ao Hospital Municipal de Contagem. Um deles foi baleado na perna esquerda, e o outro, na direita. Um terceiro funcionário teve um ferimento leve e dispensou atendimento médico.
De acordo com as investigações, o policial é filho de um morador vizinho da construção, e o ataque teria sido motivado por desentendimentos anteriores entre o pai dele e a empreiteira responsável pela obra. Testemunhas relataram que o homem parecia descontrolado e que houve pânico entre os trabalhadores.
No local, os policiais encontraram um cartucho calibre 5.56, compatível com o armamento utilizado.
Quem é o policial preso por atirar com um fuzil em funcionários?
Fernando Augusto Diniz é conhecido nas redes sociais, onde soma mais de 17 mil seguidores. No perfil ele se apresenta como criador de conteúdo digital, graduado em Direito e com especialização em Segurança Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O policial também se descreve como integrante da Patrulha Unificada Metropolitana de Apoio (PUMA), grupo da Polícia Civil de MG, e costuma publicar versículos bíblicos e links de lojas online.
Após o ataque, ele foi localizado na sede do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente e preso pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Em nota, a instituição informou que o agente permanece detido na Casa de Custódia da Polícia Civil, à disposição da Justiça.
A corregedoria segue apurando o caso e não confirmou se o fuzil usado no crime foi apreendido. O estado de saúde das vítimas não havia sido divulgado até a última atualização desta reportagem.
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