Diferente do que apontou a conclusão do inquérito da Polícia Civil, que indiciou o policial federal Ronaldo Massuia por um homicídio e cinco homicídios tentados, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou o agente, nesta segunda-feira (16), por um homicídio e sete tentativas de assassinato. Também houve denuncia por peculato (apropriação de bem público).

Todos os crimes contra a vida tiveram três qualificadoras: motivo fútil, perigo comum e dificuldade de defesa das vítimas. As qualificadoras podem aumentar significativamente a pena do agente. A denúncia foi apresentada à Primeira Vara provativa do Tribunal do Júri de Curitiba e a expectativa é de que a Justiça acate a denúncia elaborada pelo MP-PR.

Crime

Massuia esteve num posto de combustíveis do bairro Cristo Rei, em Curitiba, no dia 2 de maio. Depois de discutir com clientes na loja de conveniências e de ser colocado para fora pelo segurança, ele voltou para a loja e atirou em quem encontrou na frente.

Os tiros atingiram cinco pessoas, entre elas, o fotógrado André Munir Fritoli, que morreu. As outras pessoas baleadas sobreviveram. Mas o MP-PR ainda entendeu, pelas imagens das câmeras de segurança do posto, que o policial ainda atirou na direção de mais outras pessoas que estavam na loja. Elas só não fora atingidas porque Marssuia errou os tiros.

A família de André Fritoli, vítima fatal do crime, emitiu nota oficial através de seus advogados. “A família enaltece o oferecimento da denúncia por homicídio triplamente qualificado e por 7 tentativas de homicídios triplamente qualificados, pelo Ministério Público, na crença de que se fará justiça.”

A defesa de Massuia também emitiu posicionamento, informando que: “A defesa será conduzida para a produção das provas pertinentes à correta compreensão dos fatos, visando garantir os direitos à ampla defesa do Policial Federal.”

16 maio 2022, às 22h27.
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