Quatro anos depois de ter o nome vinculado a uma investigação sobre ataques a bancos em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o soldado Vinicius Borges foi reintegrado à Polícia Militar do Paraná (PMPR). A decisão é da Vara da Auditoria da Justiça Militar, que anulou o ato administrativo responsável por sua exclusão da corporação.

Defesa aponta fragilidades na acusação
A ação foi movida pelo advogado Caio Percival, que atuou na defesa do policial militar. Segundo ele, o processo foi revisitado em detalhes até que se constatassem inconsistências nas acusações.
“Não descansamos. Reviramos provas. Desmontamos versões. Ruiu o teatro acusatório. Que o soldado Borges seja bem-vindo novamente às fileiras da corporação”, afirmou o advogado.
Juíza critica falta de fundamentação na punição do policial militar
Na sentença, a magistrada responsável entendeu que a exclusão do policial militar carecia de motivação concreta e apresentava fragilidade na fundamentação. A decisão determinou não apenas a reintegração de Borges ao quadro da PM, mas também o pagamento dos vencimentos e vantagens referentes ao período em que ele permaneceu afastado.
Segundo a Justiça Militar, o procedimento administrativo teve como base uma investigação sem indícios suficientes e que não detalhou objetivamente qual teria sido a conduta atribuída ao soldado capaz de justificar a punição disciplinar.
Entenda o caso
O soldado Borges foi citado, em 2021, como possível integrante de um grupo suspeito de atacar agências bancárias em São José dos Pinhais. À época, levantou-se a hipótese de que o militar poderia ter atuado para atrasar a resposta das forças de segurança, favorecendo a ação criminosa.
A sentença atual, porém, afirma que não há provas suficientes para sustentar essa acusação, levando à anulação da exclusão e à reintegração do policial.
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