A policial civil Kátia das Graças Belo que matou a copeira Rosaira Miranda da Silva, de 45 anos, irá responder por homicídio triplamente qualificado, conforme decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desta quinta-feira (28). 

Em 2017, a Justiça já havia decidido que Kátia iria a júri popular por homicídio simples. No entanto, a resolução do STJ adicionou as seguintes qualificadoras:

  • motivo fútil;
  • meio de perigo comum;
  • e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. 

À época, a policial atuava no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), mas após o assassinato foi afastada e, atualmente, trabalha no setor administrativo da Polícia Civil.

Policial se irrita com som alto e atira contra festa

O crime ocorreu na noite de 23 de dezembro de 2016, na ocasião, a copeira e seus colegas de trabalho faziam uma confraternização de fim de ano nos fundos de um lava-jato no  bairro Centro Cívico, em Curitiba, quando a policial – que morava em um edifício em frente ao local da festa – se irritou com o barulho.

De acordo com as investigações, antes de efetuar os disparos, ela e o namorado jogaram pedras no local e depois foram até lá para reclamar do som alto. Os dois teriam chegado com o carro de trabalho de Kátia e se identificado como policiais civis para coagir as pessoas que estavam lá.

A policial civil durante seu depoimento sobre a morte da copeira. (Foto: Reprodução/RIC Record TV)

Na sequência, o casal voltou ao apartamento de Kátia e a policial efetuou o disparo que atingiu a cabeça de copeira. Rosaira chegou a ficar internada, mas não resistiu ao ferimento e morreu no dia 1º de janeiro de 2017. 

A policial sempre alegou que disparou apenas uma vez contra o local, mas testemunhas afirmam que ocorreram pelo menos quatro disparos