Investigadora confessou que atirou contra o local da festa e deve responder por dolo eventual
A decisão judicial sobre o caso da morte da copeira Rosaira Miranda da Silva, de 45 anos, saiu nesta terça-feira (4). A policial civil Kátia das Graças Belo, de 37 anos, deve ser submetida ao Juri Popular. O juiz Daniel Avelar entendeu que a investigadora assumiu o risco de matar uma pessoa quando atirou contra o local da festa.
Se for condenada, a pena pode ser de seis a 20 anos de detenção. Ainda cabe recurso da defesa sobre a decisão.
A copeira Rosaira foi atingida por um tiro na nuca na noite de 23 de dezembro, quando participava de uma confraternização entre colegas de trabalho em uma lanchonete do bairro Centro Cívico. Ela ficou internada no Hospital Cajuru e morreu na tarde do dia 1º de janeiro.
A policial, que morava em um edifício em frente ao local da festa, confessou que foi a responsável pelo tiro que vitimou Rosaira. A justificativa dada por ela é que o som da festa estava muito alto. Testemunhas disseram ter ouvido pelo menos quatro disparos, mas Kátia afirma ter atirado apenas uma vez.
Antes de atirar, a investigadora foi até a lanchonete, junto com o namorado, e pediu para que o som fosse abaixado. Segundo a Polícia, os dois chegaram ao local com o carro de trabalho de Kátia e se identificaram como policiais civis para coagir as pessoas que estavam lá.
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Antes do crime, o namorado da policial chegou a jogar pedras em um terreno atrás do local onde a festa acontecia.
Kátia efetuou os disparos da janela do apartamento onde mora. O estojo da arma foi encontrado pela polícia, já o projétil que atingiu Rosaira transfixou a cabeça da copeira, por isso não foi encontrado.
A investigadora responde ao processo em liberdade. Ela atuava no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) e durante as investigações foi afastada das funções, sendo transferida para serviços administrativos.
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