Carlos Henrique, de 7 anos, ouviu sobre plano de assalto a banco e foi morto (Foto: Reprodução)

O crime foi há dois anos, na Bahia; o assassino foi preso hoje e deu detalhes do caso

A morte de Carlos Henrique Moura Maia Santos, de 7 anos, no verão de 2015, voltou à tona hoje com um depoimento que confirmaria uma suspeita da época: o menino teria sido morto a pedidos da própria mãe, Alessandra da Silva.
O caso ocorreu em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Depois de dois dias desaparecido, o menino foi encontrado assassinado, com marcas de violência, em um córrego raso.
O homem que cometeu o crime a pedido de Alessandra, José Nilton, foi preso hoje, dois anos depois, e falou sobre o que fez.
Segundo a polícia, Alessandra e o namorado traficavam drogas e estavam planejando um assalto a banco. Carlos Henrique escutou tudo, e então sua mãe decidiu que o menino precisava ser morto. Foi aí que ela chamou José Nilton para que fizesse isso.
Nilton conta tudo com calma. “Peguei ele na casa da vó e levei até esse local [o córrego]”, diz, e explica que aceitou o pedido de Alessandra para cometer o assassinato em troca de… “uma noite de sexo”.
“Ela me pediu dois dias antes do acontecimento”, afirma. “No caso não era eu que traficava com ela. Era ela e o padrasto do menino que traficavam juntos. Ela já foi presa, ele já foi preso também. E ela tramou comigo que caso eu matasse o garoto ela me daria uma noite de sexo, que o garoto tinha ouvido demais e ia passar [a informação do assalto] para o avô paterno”.
A tal noite de sexo nunca teria ocorrido, embora, diz José Nilton, ele tenha cobrado Alessandra “várias vezes”.
Alessandra gerou desconfiança do enterro de Carlos Henrique porque fala com voz chorosa, mas sem parecer chorar efetivamente. Ela está foragida.
Assista à reportagem do Cidade Alerta sobre o caso.