Somente em 2016, foram identificados 163 focos do mosquito transmissor na cidade (Foto: Arquivo/SMCS)

Segundo a administração municipal, somente em 2016, foram identificados 163 focos do mosquito transmissor na capital paranaense.

A
Secretaria de Saúde de Curitiba confirmou,
 na tarde desta quinta-feira (10), a
segunda morte por dengue na cidade e os primeiros casos autóctones
quando a doença é contraída
no próprio município
de
dengue e zikavírus. Segundo a administração municipal, um dos casos autóctones é de dengue e três de zika em 2016. Somente neste ano, foram identificados 163 focos
do mosquito transmissor na cidade.

Em uma entrevista coletiva, a prefeitura anunciou também novas ações para intensificar
o controle do mosquito. Entre elas, está a aplicação de multa para donos de
imóveis reincidentes na falta de cuidado em relação ao Aedes aegypti.

O
informe semanal de monitoramento da dengue, zika e chikungunya na capital
paranaense revela 287 casos confirmados de dengue, sendo 286 importados e um
autóctone, 29 episódios de zika, sendo 26 importados e três autóctones, e
quatro casos de chikungunya, todos importados.

Casos

A
segunda morte por dengue em Curitiba em 2016 é de um homem, de 66 anos, morador
do bairro Alto Boqueirão. Conforme a administração municipal, a vítima tem
histórico de viagem para Paranaguá, sendo considerado um caso importado da
doença. Os primeiros sintomas surgiram em 8 de fevereiro, quando o paciente
buscou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boqueirão. Ele foi
internado no Hospital do Idoso Zilda Arns e morreu em 3 de março.

Os
três casos de zikavírus autóctone referem-se a um homem e duas mulheres. O
paciente do sexo masculino, de 34 anos, é morador do bairro Cajuru e teve os
primeiros sintomas em 9 de fevereiro. O segundo caso envolve uma jovem de 17
anos, moradora do Sítio Cercado e com sintomas iniciados em 13 de fevereiro. Já
o terceiro caso, é de uma mulher, de 56 anos, que mora no Alto Boqueirão. Os
primeiros sintomas foram registrados em 15 de fevereiro. Todos os casos foram
acolhidos e acompanhados por serviços municipais de saúde. Ainda de acordo com
a prefeitura de Curitiba, os pacientes estão recuperados, sem quaisquer
sequelas da doença.

O
caso de dengue autóctone aconteceu com um homem, de 32 anos, morador da Vila
Guaíra. Ele sentiu os primeiros sintomas em 27 de fevereiro. O paciente buscou
atendimento na UPA Matriz e atualmente está bem e recuperado.

Medidas de prevenção

A Prefeitura de Curitiba tem
mobilizado todos os setores para combater o mosquito. Na Educação, os 144 mil
alunos e crianças atendidos nas 420 unidades da rede municipal de ensino têm
sido estimulados e educados sobre como identificar focos de proliferação do
Aedes aegypti. Eles também foram informados sobre as formas adequadas de eliminá-los em suas casas. Já no setor do Meio
Ambiente, 857 toneladas de lixo foram removidas das ruas da cidade, em uma ação
contínua relacionada ao mosquiro. No Urbanismo, mutirões foram organizados com
foco exclusivo na fiscalização da limpeza de imóveis.

O secretário municipal da Saúde, César Monte Serrat Titton, anunciou nesta quinta que a Vigilância Sanitária da cidade tratará com mais rigor casos de imóveis reincidentes em relação ao Aedes aegypti. Segundo Titton, essa é uma medida educativa e também uma forma de fazer com que a população
entenda a importância de todos estarem envolvidos na eliminação de focos.