Presos fazem 'lives' de dentro da cadeia e pedem melhores condições em Sarandi (PR); assista

Publicado em 17 dez 2021, às 09h33. Atualizado às 14h11.

Presos da Cadeia Pública de Sarandi, no noroeste do Paraná, fizeram duas transmissões ao vivo de dentro de uma das celas nesta quinta-feira (16). Eles pedem melhores condições no local e o fim de práticas consideradas ‘abusivas’ por eles.

Nos vídeos, publicados na conta de Facebook de um dos detentos, alguns dos presos se revezam para falar para a câmera. Eles afirmam que a cadeia está superlotada, que a comida servida é de má qualidade e que alguns presos já foram condenados e, portanto, deveriam ser transferidos para unidades penitenciárias.

Alguns presos também reclamam do tratamento prestado pelos agentes penitenciários aos próprios presos e a seus familiares em dias de visita, além da falta do acesso a médicos na unidade. As ‘lives’ foram realizadas através de celulares, que são proibidos dentro da unidade carcerária.

Atualização

Em nota, o Departamento de Polícia Penal do Estado (Deppen) informou que fez uma revista na cadeia pública de Sarandi e esclareceu alguns pontos abordados pelos presidiários. Veja na íntegra:

“O Departamento de Polícia Penal do Estado (Deppen) informa que foi determinada uma revista geral na Cadeia Pública de Sarandi para localizar a existência de aparelho celular no local, após divulgação de um vídeo nas redes sociais que teria sido feito por presos que estariam custodiados na unidade. A operação encontra-se em andamento neste momento.

Importante ressaltar que operações de revistas são realizadas constantemente, sendo que, na última delas uma tentativa de fuga foi frustrada, o que pode ter motivado o descontentamento dos presos.

Sobre as reclamações relatadas em vídeo, esclarecemos que as visitas presenciais que haviam sido suspensas por conta da pandemia, já foram retomadas e ocorrem de forma agendada, com os devidos cuidados de distanciamento social. Ainda há possibilidade de realizar visitas virtuais, por meio de videoconferência. Também em virtude da pandemia, a entrega de sacolas de forma presencial permanece suspensa em todo o Estado. No entanto, os familiares podem encaminhar os itens permitidos pelos Correios, via SEDEX.

Em relação a alimentação, informamos que as marmitas são fornecidas por empresas terceirizadas, sendo que, todos os dias passam por inspeção para verificar a qualidade, temperatura e peso do alimento fornecido.

Os atendimentos médicos ocorrem por meio da rede pública municipal, por agendamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, nos casos emergenciais, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Sobre as denúncias de suposta venda de aparelhos celulares e demais reclamações, o Deppen informa que determinou a abertura de procedimento administrativo para investigar o caso.”