Ampolas de Neuronox, composto conhecido por botox, poderiam ser usadas para tratamentos clandestinos. Foto: Divulgação/PRF.

O homem foi abordado nesta quinta-feira (27), na BR-163, em Dourados (MS), e levaria o botox até São Paulo

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 565 ampolas de “Neuronox” (toxina botulínica) e outras substâncias ainda não identificadas. O medicamento estava com um homem, preso por descaminho e crime contra a saúde pública. Ele foi abordado nesta quinta-feira (27), na BR-163, em Dourados (MS), e levaria o botox até São Paulo.

Uma equipe da PRF parou um veículo com placa de Amambai (MS). Os policiais suspeitaram da viagem do homem e encontrarem as ampolas de medicamentos importados ilegalmente – 100 ampolas rotuladas como “Neuronox Botulinum Toxin, Type A Complex”, conhecida no Brasil como botox – e 420 ampolas não rotuladas, mas com as mesmas características, além de outras 45 ampolas com pastilhas brancas, cujo composto ainda não foi confirmado.

Os medicamentos apreendidos foram levados à PRF e passaram por perícia para identificação de todas as substâncias. O laudo preliminar confirmou a existência de toxina botulínica. A droga poderia ser utilizada em aplicações médicas clandestinas de estética e tratamento de disfunções neurológicas e motoras. Além do medicamento ser importado ilegalmente, a comercialização no país é vedada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Uma apuração preliminar constatou que a comercialização ilegal de cada frasco pode chegar a R$ 1.500 e o valor total das drogas apreendidas pode ultrapassar R$ 750 mil. O homem preso confessou que as ampolas foram adquiridas na cidade de Assunção, no Paraguai, mas que apenas receberia pelo transporte até a capital paulista.

A pena prevista pelo crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais é de reclusão de dez a 15 anos e multa. O crime de descaminho prevê uma pena de reclusão de um a quatro anos.

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