PRF explica porque caminhoneiro não foi parado antes de atingir cerca de 40 veículos no PR

por Guilherme Fortunato
colaboração de Guilherme Becker, Daniela Borsuk, Giselle Ubrich, Lucio Andre e Marc Sousa, da RICtv
Publicado em 16 jan 2023, às 14h59. Atualizado às 17h21.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) explicou nesta segunda-feira (16) o motivo de o caminhoneiro Nilson Pedro dos Santos, de 35 anos, que atingiu 40 veículos no Paraná não ter sido parado antes de entrar em Curitiba no último sábado (14). Segundo a PRF, não “havia indícios de que o motorista estaria em surto” quando passou pelo primeiro posto da PRF.

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Em entrevista ao repórter Tiago Silva da RICtv, o policial rodoviário Fabiano Moreno explicou o trajeto feito pelos agentes até encontrarem o caminhoneiro. 

 “A primeira denúncia chegou poucos quilômetros antes do posto da PRF em São Luís do Purunã. Falam que ele passou por dois postos da PRF, porém em Ponta Grossa, não havia indícios que o motorista estaria em surto. Em São Luís, ele foi abordado, porém não parou o veículo e seguiu em alta velocidade. Uma viatura seguiu atrás dele, porém 11 km para frente se deparou com um acidente com carretas e as equipes pararam para ver se ele estava envolvido. Quando os agentes viram que não era, seguiram atrás dele no sentido Curitiba, mas pela velocidade que ele estava não conseguiram alcançá-lo”, contou. 

Moreno relatou também que o caminhão dirigido por Nilson só foi encontrado devido a uma falha mecânica e, que durante a perseguição, os policiais encontraram os acidentes e destruição provocados pelo motorista. 

“Esse motorista estava dirigindo com o estado alterado de consciência. Condutores nessa situação causam grande perigo para a população e não respeitam a sinalização. Esse motorista só foi abordado porque o veículo apresentou defeito”, finalizou. 

(Foto: Reprodução/ RICtv)

 Relembre o caso 

O caminhoneiro Nilson Pedro dos Santos, de 35 anos, foi preso no último sábado (14), após atingir cerca de 40 veículos entre Ponta Grossa e Curitiba. O homem pediu perdão aos proprietários dos veículos envolvidos na sequência de colisões, confessou que usou rebite e classificou a droga como “uma doença crônica que existe no mundo do caminhoneiro”.

Caminhão atingiu pelo menos 50 veículos entre Ponta Grossa e Curitiba. (Foto: Polícia Militar)

Dados preliminares apontam que pelo menos 12 carros foram atingidos pelo motorista desgovernado na capital paranaense e outros 35 veículos podem ter sido alvo do caminhoneiro nas rodovias BR-376 e BR-277, por onde o suspeito passou.

Após causar a sequência de acidentes, o caminhoneiro foi detido por policiais militares e agentes da Guarda Municipal (GM) na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O caminhoneiro foi submetido ao teste do bafômetro que apontou a ingestão de álcool – 0,14 mg/l. O suspeito foi encaminhado a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) e permanece preso.

Segundo a polícia, Nilson saiu de Embu das Artes (SP) com uma carga de vasilhames de cerveja com destino a cidade de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná.

Por volta das 22h de sexta-feira (13), o motorista parou em um posto de combustíveis na capital paranaense e fez uso de rebite com cerveja. De acordo com a delegada, o homem não explicou se usou cocaína junto, porém, a possibilidade não foi descartada.

A Polícia Civil ainda apura a quantidade exata de veículos atingidos pelo caminhoneiro. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas. Santos já tinha passagens pela polícia por homicídio, roubo e desacato a autoridade. O caminhoneiro passa por audiência de custódia nesta segunda-feira e a Justiça irá definir se ele responderá em liberdade ou seguirá preso. O motorista foi autuado por tentativa de homicídio com dolo eventual, direção perigosa, dirigir sob efeito de entorpecente e por omissão de socorro. 

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