A prisão do delegado Rubens Recalcatti e de outros seis policiais civis durou menos de oito horas. Depois de conseguir a revogação do mandado de prisão contra ele, o delegado concedeu uma entrevista coletiva, nesta quinta-feira (04), acompanhado de advogados, e negou mais uma vez as acusações do Ministério Público contra ele sobre a morte de Ricardo Geffer.
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Recalcatti é acusado de comandar oito policiais civis numa missão pessoal para matar o suspeito do assassinato do ex-prefeito de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, João Dirceu Nazzari, primo do delegado. Esta foi a segunda vez que Recalcatti foi preso.
Além do delegado, seis policiais e investigadores da Polícia Civil haviam sido presos nesta quinta-feira. Dois acusados ainda são considerados foragido. O mandado de prisão contra todos os envolvidos havia sido emitido na última terça-feira (02).
Segundo a Polícia Civil, o grupo se apresentou às 9h desta manhã acompanhado de integrantes Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC) e do advogado que os representa. No início da tarde, a Justiça concedeu um habeas corpus determinando a soltura dos suspeitos.
O parecer do juiz Benjamim Acácio de Moura e Costa avalia que esta prisão não era imprescindível, pois não há fato novo nos autos do processo.
Para o advogado de Rubens Recalcatti, Cláudio Dalledone, o pedido de prisão foi arbitrário. “Esta é a segunda vez que o Tribunal de Justiça afasta um constrangimento contra os policiais”, disse.