A morte do professor Ronaldo Pescador, de 40 anos, que a princípio foi tratada como um provável crime passional está próxima de ser esclarecida e pode sofrer uma reviravolta. Embora, a Polícia Civil não confirme, ele pode ter sido assassinado por homofobia. (Assista reportagem abaixo)
Informações extraoficiais apontam que Ronaldo chegou a confessar a amigos próximos que era homossexual e a confusão que acabou com sua morte teria ocorrido justamente por esse motivo.
Vítima é morta em ‘after party’
Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), entre a noite de 29 e a madrugada de 30 de novembro, o professor participou de uma festa rave que ocorria no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba. Dali, ele teria seguido com um grupo de pessoas – que conheceu durante a festa – para a casa de um deles, nas proximidades. Na residência, onde ocorria uma ‘after party’, depois de se desentender com um dos participantes, Ronaldo foi brutalmente assassinado com golpes de martelo.
O delegado Tito Lívio Barichello, responsável pelo caso, ressalta que não irá dar detalhes sobre a vida íntima da vítima, mas declara que os responsáveis serão punidos de forma exemplar. “O que eu posso dizer pra sociedade é que é um crime gravíssimo, é um crime que vai ter o retorno proporcional ao mal cometido a esse professor que era uma pessoa de bem, uma pessoa muito querida”.
“É um crime grave e a vítima sofreu uma consequência terrível, tanto que o nome da nossa operação é psicose em virtude de todo o contexto que ocorreu em relação à vítima”, diz Tito Lívio Barichello.
A investigação corre em sigilo, no entanto, a polícia confirma que pelo menos três suspeitos que participaram do crime já foram identificados. Assim como o endereço da casa onde tudo aconteceu também já foi apurado. “Toda essa questão ainda está sendo mantido de forma sigilosa até porque existem algumas questões coercitivas que serão tomadas nos próximos dias e essa informação passada ao público pode atrapalhar a investigação”, explicou ainda o delegado.
Professor é encontrado morto nas proximidades do zoológico
Ronaldo Pescador – que casado e tinha uma filha – foi encontrado morto no banco traseiro do seu próprio veículo na manhã do dia 1º de dezembro. O carro estava abandonado em um terreno baldio na rua Engenheiro Raul Suplicy de Lacerda, no bairro Alto Boqueirão, nas proximidades do Jardim Zoológico de Curitiba. Ele estava amarrado com fios elétricos, enrolado em um pedaço de carpete e com um body preto feminino na boca.
Tanto a rave que ele participou como a casa onde foi morto ficam a poucos quilômetros do local seu corpo foi abandonado.