A polícia descarta tentativa de assalto; o filho da vítima, que também foi atingido, passou por cirurgia de reconstrução facial e permanece internado
O advogado e professor universitário Ricardo Damião Ferreira Junior, 46 anos, que foi emboscado ao lado do filho na saída da faculdade onde dava aula na noite desta terça-feira (27), por volta das 22h30, em Medianeira, no oeste do Paraná, levou mais de dez tiros antes de morrer.
A Polícia Civil descartou a hipótese de tentativa de assalto. “Foi execução pelo modus operandi do ato: o veículo chegou o abordou, o indivíduo desceu e descarregou uma pistola nove milímetros”, disse Denis Merino, delegado responsável pela investigação.
Segundo a polícia, mais de dez pessoas próximas a Ricardo Júnior foram ouvidas e algumas informaram sobre possíveis ameaças que ele vinha sofrendo. “A partir do momento que você ameaça e alguma coisa nesse sentido, você já começa a trabalhar com uma linha de suspeitos”, completou Merino.
Imagens de câmeras de segurança, arquivos no celular do advogado e as conclusões da perícia realizada irão auxiliar na apuração do possível criminoso. As informações correm sigilo para que não atrapalhem as investigações.
O assassinato
De acordo com a Polícia Militar, o professor estava saindo da faculdade onde dava aula, junto com o filho, quando ambos foram surpreendidos por um atirador. Um homem teria se aproximado em outro veículo e efetuado os disparos contra as vítimas.
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Os dois foram socorridos e encaminhados em estado grave ao Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Luz. O professor não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã desta quarta-feira (28).
O filho, Ricardo Ferreira Damião Neto, de 18 anos, foi atingido por disparos no rosto e no pescoço e precisou ser transferido para um hospital de Cascavel, uma cidade vizinha. Lá passou por uma longa cirurgia de reconstrução facial e tem o estado de saúde considerado estável.
Além do filho, o advogado deixa a esposa e outras três filhas.
Em nota, a Ordem Nacional dos Advogados do Brasil disse estar em luto e pediu rigor nas investigações.
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