A Polícia Civil indiciou o proprietário do Parque Ecológico, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, e o instrutor do local por homicídio culposo pela morte da jovem Jussara Vitória Alves do Oliveira, que morreu após um salto em novembro de 2024.

De acordo com a perita criminal Margarida Neves, a linha de vida, uma corda de segurança que é amarrada ao peitoral da vítima para evitar acidente, estava maior do que o necessário.
“Em relação ao acidente, foi visto pela perícia que a linha de vida teve uma série de erros de preparo. Um dos grandes motivos para esse acidente é que ela estava bem maior do que deveria. Ao invés de limitar a queda, ela tinha uma extremidade que descia quatro metros para baixo da extremidade da plataforma. Além disso, ela deveria ter sido retirada antes do salto”, revelou.

Além disso, a perita afirmou que a vítima pulou com a as duas cordas, fazendo com que ela se aproximasse da pedreira devido ao choque de força.
“Ela pulou com as duas cordas. A linha de vida fez uma força vertical e a outra corda um outro movimento, que desviou a trajetória. Ao invés de se afastar, ela foi com a cabeça em direção ao paredão”, detalhou.
Neves apontou três causas para a morte de Jussara, são elas: corda da linha de vida pelo menos 4 metros além do esperado; não desconectar a linha de vida, que desviou a trajetória; o nó se desfez e fez com que a turista tenha batido com a cabeça.
Proprietário e instrutor indiciados pela morte da jovem
De acordo com o delegado, Ivan da Silva, não há punição para a empresa, mas sim para o empresário e o instrutor que estava acompanhando a vítima na hora. O delegado confirmou também que a turista foi empurrada pelo instrutor, mas que esse é um procedimento comum no esporte.
“É uma prática comum os praticantes ficarem com receio antes de saltar. Foi apenas um leve toque. Evidente que para a pessoa dar esse leve toque, ela precisa ter certeza de todo procedimento anterior ao salto. Conforme vimos no inquérito, ele não tinha”, explicou o delegado.
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