
Chefe da quadrilha tem extensa ficha criminal, já foi condenado a 34 anos de prisão e fugiu da PEP em 2017
Com extensa ficha criminal e condenado a 34 anos de prisão e mais de 30 processos, Célio Afonso Silva, 42 anos, o “coelho”, é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e foi preso suspeito de ser o chefe de uma quadrilha especializada a roubos a bancos, caixas eletrônicos carros-fortes e homicídios no Paraná.
Além do chefe da quadrilha, mais cinco pessoas ligadas diretamente aos assaltos foram presas pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). As operações da unidade de elite da Polícia Civil do Paraná se intensificaram na sexta-feira (23) quando parte do bando foi preso. Com eles, a polícia encontrou armas, drogas e um colete balístico.
Na segunda-feira (25) o chefe do grupo foi encontrado com documentos falsos durante uma operação realizado pelo Cope em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
De acordo com o delegado do Cope, Rodrigo Brown, o chefe da quadrilha está envolvido nos ataques ocorridos este ano na região da Colônia Witmarsum e nas cidades de Palmeira e Pitanga, na região dos Campos Gerais do Paraná, e em Guaraqueçaba, no litoral.
Vilipêndio
Para demonstrar seu poder, Célio teria ligação com a morte de três pessoas no Bairro Pilarzinho, em Curitiba, utilizando um fuzil AK-47 para dominar o tráfico de drogas na região. No dia seguinte ao enterro dos homens mortos por ele, Célio teria mandado comparsas retirarem os corpos do cemitério para pendurar em uma ponte do Parque Tanguá, na capital paranaense, como forma de intimidar os inimigos.
Arrebatamento
Célio fugiu da Penitenciária Estadual do Paraná, em Piraquara, na RMC, no dia 15 de janeiro de 2017. Por volta das 3h da madrugada, houve um tumulto entre os presos. À época, o então secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, disse que o propósito dos detentos era desviar a atenção dos agentes penitenciários.
Perto das 5h30, houve dois fortes estrondos na penitenciária e depois de uma explosão que destruiu o muro. Ao todo, 28 presos fugiram e quatro morreram na rebelião.
Armamento de guerra
Em um vídeo divulgado pela Polícia Civil, Célio aparece fazendo disparos com um fuzil calibre .50 – armamento de uso restrito e capaz de derrubar aeronaves.
De acordo com a polícia, as imagens teria sido feitas antes do assalto praticado contra carros-fortes na região da Colônia Witmarsum, no inícido de fevereiro. O vereador Elton Alexandre Aguiar Matta, da cidade de Barra do Jacaré, região Norte do Estado, e o caminhoneiro Vilson Pereira, passavam pelo local no momento da ação e morreram.
Armamento utilizado pela quadrilha é de uso restrito (Foto: Divulgação)
Assista ao vídeo:
Leia também:
