A 6ª fase da Operação ‘Quadro Negro’ foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (7) pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Nesta fase, foram expedidos 32 mandados de busca e apreensão em diversas cidades do Paraná.
Gaeco deflagra 6º fase da Operação Quadro Negro
De acordo com o Gaeco, a 6ª fase tem como alvo empreiteiros e construtoras que venceram licitações para construção de escolas entre 2011 e 2015. São 27 alvos em Curitiba, um em Campo Largo e três em Cascavel, no oeste do Paraná.
A ação desta quarta-feira não tinha mandados de prisão em aberto, mas uma pessoa foi presa por desacato a autoridade. De acordo com a denúncia, as empresas eram pagas por obras que mal saíram do papel. Ao todo, sete processos criminais integram a operação.
Beto Richa é preso pela Quadro Negro
Beto Richa é considerado o chefe do esquema. O ex-governador foi preso preventivamente em março por obstrução de justiça nas investigações da operação. Duas semanas depois ele foi solto após uma decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que considerou que os fatos que levaram à prisão de Richa eram antigos.
De acordo com a denúncia, Beto Richa é apontado como principal beneficiado no recebimento de propina e do valor desviado das obras das escolas públicas. O ex-governador acumula três prisões. Na última passagem, em março deste ano, Beto Richa permaneceu 15 dias no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Segundo o MP-PR, duas escolas de Guarapuava teriam sido o alvo do esquema ilegal desta vez. Somando os investimentos do Colégio Estadual Professora Leni Marlene Jacob (desvios de R$ 842.384,28) e do Colégio Estadual Pedro Carli (desvios de R$ 812.395,14), o desvio passa de R$1,6 milhão.