Cleiton Alexandro Teixeira, de 25 anos, uma das vítimas do mega-assalto que aterrorizou a cidade de Araçatuba, no interior de São Paulo, na madrugada de 27 de agosto, teve alta do hospital na última sexta-feira (10) e falou com a imprensa pela primeira vez. O servente de pedreiro teve os dois pés e parte da mão direita amputados após ser vítima de um explosivo deixado pelos criminosos.

Cleiton passou seu primeiro final de semana com a família e afirmou que foi morar na casa de um irmão, junto da mãe. Em entrevista ao Metrópoles, Cleiton contou detalhes do atentado que sofreu.

“Eu estava passando de bicicleta perto de uma dinamite na rua quando houve a explosão. Lembro que estava caído todo machucado e depois acho que desmaiei. Quando acordei no hospital, vi que não tinha mais os pés”, lembrou ele.

O servente contou que, ao se aproximar de um dos artefatos deixado pelos bandidos no cruzamento da Rua General Osório com a Duque de Caxias, ocorreu a explosão. Segundo ele, sua maior preocupação agora é encontrar uma forma de voltar a trabalhar para continuar cuidando de sua mãe, Neusa Soares de Souza, de 52 anos, que sofre de diabetes e hipertensão.

“Eu ganhei um par de próteses e agora preciso lutar para continuar vivendo e ter uma vida normal, me adaptar”, disse ele, que também perdeu a audição no ouvido direito devido à explosão.

Kléber, irmão de Cleiton, que agora cuida do irmão e da mãe, está desempregado e lançou uma vaquinha virtual com o objetivo de arrecadar R$ 15 mil para cuidar da família e adaptar o quarto de Cleiton. A adesão fez com que o valor chegasse a R$ 46 mil, mas uma fake news se espalhou pela cidade fazendo com que a campanha perdesse força e muitas pessoas cancelassem pagamentos via boleto. Boatos se espalharam afirmando que Cleiton seria o autor de um latrocínio, em 2014, mas o fato já foi desmentido pela própria delegacia local.