A Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) revelou detalhes sobre o acidente que terminou com a morte de um trabalhador terceirizado de uma concessionária de pedágio na tarde desta segunda-feira (13), em Curitiba. Segundo o delegado Edgar Santana, Marcelo da Trindade foi vítima de um crime, pois os motoristas envolvidos na tragédia estavam disputando um racha.
O delegado ainda contou que após atingir a vítima e capotar o carro, o motorista que ficou preso nas ferragens foi autuado. Como precisou de atendimento médico e permanece internado no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, uma escolta da Polícia Civil (PC) em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aguarda a liberação do condutor.
“Sem sombra de dúvidas, a prova testemunhal aliada a imagem do sistema de monitoramento que a gente obteve de uma empresa nas proximidades do local que filma momentos antes do acidente deixou claro para a Polícia Civil que sim, se trava-se de um racha. Então o condutor do veículo BMW foi preso em flagrante. Está no hospital sob escolta da Polícia Civil em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal pelo crime de homicídio doloso, previsto no código penal, e pelo crime de racha previsto no código de trânsito brasileiro”, contou Edgar Santana.
Além do motorista da BMW, a PC aguarda que o condutor de um veículo Volvo, que aparece nas imagens, se apresente na delegacia. A principal suspeita é que ambos estavam praticando uma corrida automobilística não autorizada. Caso o suspeito não compareça à unidade policial, a Dedetran pode emitir um mandado.

Amigos se despedem de Marcelo
Enquanto a PC investiga o caso, os familiares e amigos se despedem de Marcelo da Trindade. O trabalhador de 48 anos era casado e deixa dois filhos. Nesta terça-feira (14) foi organizado o sepultamento do corpo do morador da cidade de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, .
Uma vizinha da vítima contou que um dia antes da tragédia Marcelo estava com um comportamento estranho. Dona Lori disse que o homem era sempre muito alegre e animado, porém, naquele domingo estava abatido.
“Eu ainda tinha falado para a esposa dele que ele estava meio abatidinho né. Daí a esposa falou “é, ele está assim pensativo”. Como não era do costume ver ele daquele jeito. Muito estranho sabe, parece que ele estava sentindo alguma coisa”, contou Dona Lori.
Três testemunhas que presenciaram o acidente já foram ouvidas. Os amigos pedem para que justiça seja feita. Confira mais detalhes: