Curitiba - Raíssa Suellen Ferreira, jovem encontrada morta em uma cova rasa em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), completaria 24 anos nesta semana. Ela estava desaparecida desde o dia 2 de junho, quando saiu de casa dizendo que ia para o interior de São Paulo para um emprego melhor. O comediante Marcelo Alves dos Santos confessou o crime e indicou onde escondeu o corpo.

De acordo com Natália Raiane, irmã de Raíssa, o humorista foi muito frio e calculista, já que a família entrou em contato durante as buscas por Raíssa.
“Ele se escondeu. Na última vez que ligamos para ele por vídeo, ele não aparecia e dizia que a internet estava ruim. Além disso, falou que não tinha notícias de Raíssa”, contou a irmã.
Relação da família com o comediante
De acordo com o relato da irmã, Raíssa conheceu o comediante aos 9 anos. Marcelo morava na mesma rua que a família da jovem em Pedro Afonso, na Bahia. Ele chegou a dar aulas de Kung Fu para a vítima.
“Nossa cidade é muito pequena, todos se conhecem. Ele morava na mesma rua, mas não o conhecia. Sabia que ela saia de casa todos os dias para o treino. Ele falou que minha irmã era mentirosa para se defender”.
Raíssa foi morta 11 dias antes do aniversário
Segundo Natália, nesta sexta-feira (13) Raíssa completaria 24 anos de idade. Ela contou que a partir de agora, o mês de junho será lembrado para sempre de uma forma negativa para a família.
“Minha irmã completaria 24 anos nesta sexta. O mês vai ficar marcado pelo resto da vida, pois sempre vamos nos lembrar dela. Minha irmã sempre foi pela verdade e era uma menina meiga e ingênua”, disse a irmã.

Caso Raíssa: família nega esganadura
Para Natália e Maria Silvania, tia da jovem, Raíssa foi morta com uma sacola na cabeça, contrariando a versão apresentada pelo comediante durante seu depoimento.
Além disso, falaram que a menina nunca teve um tipo de relacionamento com qualquer outra pessoa e que Raíssa jamais se apaixonaria por Marcelo Alves.
“Ela gostava de cantar e ouvir música. Tinha o sonho de ser cantora e ser modelo. Aí veio esse monstro e acabou com o sonho dela. Isso não pode ficar impune”, desabafou a tia.
Do mesmo modo, a tia e a irmã acreditam na versão da delegada de que o comediante premeditou a morte da jovem Raíssa Suellen.
“Ele calculou tudo que fez. Ofereceu uma proposta de emprego para minha irmã, que já estava trabalhando. Ele disse para ela que tinha uma proposta de emprego melhor. Não acredito que ele a levou para casa. Ele mentiu e asfixiou ela com a sacola”, disseram.
O que diz a defesa?
Em entrevista para o Balanço Geral Curitiba, o advogado Caio Percival disse que Marcelo colaborou com as investigações e que as versões apresentadas foram precipitadas.
“A forma como ela foi morta não muda nada na qualificadora da asfixia. Ele contou toda a verdade. A delegada mesmo disse que foi até a casa e não encontrou o enforca gato. Ele colaborou com as investigações e apontou onde estava o corpo. Os exames nem chegaram aos autos ainda. É muito precipitada essa fala. Nós vamos provar que ele colaborou com as investigações”, disse Percival.
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