Um menor de idade, morador do Distrito Federal, é acusado de matar sua ex-namorada com um tiro na cabeça, filmar, e compartilhar o vídeo do homicídio com vários amigos por um aplicativo de celular. O rapaz cometeu o crime dois dias antes de completar 18 anos. Logo após o assassinato, o suspeito teria ido para casa assistir o jogo entre Corinthians e São Paulo.
O corpo de Yorrally Dias Ferreira, de 14 anos, foi encontrado na segunda-feira, 10, com um tiro na testa boiando sobre uma poça d´água do Parque Recreativo do Gama, uma das cidades satélites de Brasília. O atual namorado da jovem, presente à identificação, fotografou o corpo e também o compartilhou nas redes sociais. A polícia aponta como motivação do crime o fato de o jovem desconfiar que a ex-namorada estaria saindo com integrantes de uma gangue rival ao dele na cidade satélite.
Em outro vídeo, também divulgado por ele em um aplicativo de troca de mensagens, o jovem confessa ter matado Yorrally. No relato ele diz que não queria mais sair com a garota que, para se vingar, estaria pressionando integrantes do grupo rival para bater nele. “Vários já vieram falar comigo de que ela estava falando que eu tava (sic) ameaçando eles, jogando conversa fora”, diz no vídeo. O casal havia se conhecido pelas redes sociais, já que a menina costuma postar fotos constantemente na rede, e tiveram um breve relacionamento.
O acusado está preso em uma unidade de internação para menores do Governo do Distrito Federal, conhecida como Centro de Atendimento Juvenil Especializado. No entanto, por ter cometido o crime ainda com 17 anos, cumprirá medidas socioeducativas de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Pelas regras do código, ele deve ficar internado no máximo três anos. Se fosse maior de idade e respondesse de acordo com as regras do Código Penal, sua punição poderia ser de até 30 anos de prisão. O jovem também não pode ter sua identidade revelada por ser menor de idade.