Na manhã desta quarta-feira (20), a Polícia Civil de Londrina, no norte do Paraná, cumpriu mandados de busca e apreensão em quatro residências. Uma delas era a de Mano Fler, rapper que soma mais de 73 mil seguidores em suas redes sociais. A operação iniciou após um vídeo de Fler segurando duas armas viralizar nas redes sociais.
O vídeo em questão mostra o artista com sinais de embriaguez e o armamento. “Quando ‘os cara’ fala que Paraná é terra de sitiante. Mas é no sítio que ‘nóis guarda’ esses brinquedos aqui”, fala para a câmera.
O delegado-chefe da Polícia Civil, Amarantino Ribeiro, explicou que recebeu informações sobre o caso em meados de agosto. A situação passou a ser investigada como apologia ao crime e porte ilegal de arma de fogo. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos afim de apurarem se o armamento era legal.
Na casa de Mano Fler, não foi encontrada arma, mas uma porção de maconha foi apreendida. Já nos em outra residência, os policiais encontraram uma carabina e uma pistola 9 mm, além de munições. Fler foi levado à delegacia para prestar esclarecimento, sendo liberado em seguida após assinar termo circunstanciado. Ele nega ter ligação com o crime, mas assume o consumo de droga.
“Eu consumo. Eu uso maconha já há muitos anos. Até luto pela legalização da maconha,”
disse Mano Fler.
Considerado um arsenal poderoso, o delegado completa que a “irresponsabilidade” chamou atenção no vídeo, já que o rapper aparece com bebida alcóolica enquanto segurava as armas. Fler informou que o armamento era de um amigo e, em um dia que estavam reunidos na chácara deste homem para a gravação de um vídeo clipe, teriam filmado a situação.
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“O cidadão que tem o registro, quando ele cede essa arma para o amigo, […] está caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo. Bem como aquele que não tem o registro que pega essa arma. Os dois praticam o delito“,
explica o delegado.
Em entrevista ao Balanço Geral Londrina, Fler disse que a situação saiu do controle e que entende o motivo de estar errado.
“Foi um erro ter feito o vídeo. […] A gente adquiriu um outro tipo de consciência através do vídeo e seguir outro rumo de ‘trampo’ da música”,
falou Mano Fler.
O caso segue em investigação.
