A rebelião na Casa de Custódia de Maringá chegou ao fim no início da tarde desta quarta-feira (31) após 45 horas de motim. A negociação terminou com a libertação dos dois últimos agentes penitenciários que ainda eram mantidos reféns. Três presos que ficaram feridos durante a rebelião foram encaminhados a hospitais da cidade para atendimento. Ao todo, quatro detentos foram feridos.

A rebelião chegou ao fim sem que os rebelados conseguissem as transferências que faziam parte de suas reivindicações. Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança, Fernando Francischini, que assumiu as negociações na tarde de ontem (30), afirmou que o Estado não irá mais aceitar os pedidos de transferências de presos, conforme resolução publicada pelo governo estadual.

Ele afirmou que o Estado irá construir um presídio de segurança máxima para que os líderes de todas as rebeliões sejam levados para este local, além disso, o secretário também ameaçou suspender as visitas de final de ano em todo o sistema penitenciário do Paraná.

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De acordo com informações da Seju, os presos pediam pelo fim do uso de algemas nas movimentações internas e melhorias na assessoria jurídica, na assistência médica e também na alimentação. Uma familiar de um dos presos da Casa de Custódia afirmou à reportagem da RICTV que a comida servida aos presidiários costuma estar azeda e também que falta água na cadeia. A Polícia Militar (PM) está à frete das negociações. A ala onde os presos se rebelaram foi isolada.

Segundo a Seju, a Casa de Custódia de Maringá tem capacidade para comportar 654 presos e, atualmente, abriga 636 detentos.

Essa foi a 24ª rebelião ocorrida no Estado neste ano. Nelas, 53 agentes penitenciários foram feitos reféns e agredidos.

Confira mais informações na reportagem em vídeo exibida no Cidade Alerta de segunda-feira (29):