Depois de 30 horas de tensão, a Polícia Militar encerrou na tarde desta quarta-feira (17) as negociações com os líderes do grupo de 63 presos rebelados na Penitenciária Estadual de Piraquara 2, na região metropolitana de Curitiba (PR). Dois agentes penitenciários que eram mantidos reféns foram liberados e não houve registro de feridos. A rebelião começou às 7h30 de terça-feira (16). Na semana passada a penitenciária passou por uma rebelião que durou cerca de 24 horas.
Os presos rebelados estavam no bloco do chamado “seguro”, que reúne os detentos condenados por estupro, com curso superior e policiais que cometeram crimes. De acordo com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Sejus), eles reivindicavam a construção de um muro para isolá-los do bloco onde estão integrantes de facções criminosas, pediam melhorias na alimentação e a reposição dos colchões queimados durante a rebelião da semana passada.
A Sejus informou que foi instalado um reforço nas grades que separam os dois blocos e que foi garantida a entrega de 50 colchões para substituir os que foram queimados no último motim. Além disso, foi autorizada a visita de familiares com sacolas, que serão devidamente revistadas. Quanto à alimentação, a Sejus afirmou que as refeições seguem a orientação de nutricionista e o governo deverá autorizar visitas de entidades, sem agendamento prévio, para vistoriar a comida servida na penitenciária.
Na última sexta-feira (12), foi iniciada uma rebelião na penitenciária. O motim terminou após 24 horas de duração com um acordo para a transferência de 43 presos. A Penitenciária Estadual de Piraquara 2 é uma unidade penal de regime fechado e segurança máxima para presos condenados. A unidade tem capacidade para 1.108 presos e atualmente tem 1.035 detentos, de acordo com a Sejus.
Agentes penitenciários decidem entrar em greve
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (17) pela manhã, durante assembleia realizada entre os agentes. Confira a reportagem do Balanço Geral Curitiba: