Todas as 30 alas da unidade prisional foram tomadas pelos presos. Dois detentos saltaram do telhado para escapar dos rebelados

Uma rebelião na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II), na região norte do Paraná, dominou as 30 alas da unidade e tem 11 presos como reféns.  Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária, o motim teve início por volta das 11h da manhã desta terça-feira (06), quando um preso era reconduzido à cela depois de receber atendimento médico. Cerca de 30 detentos renderam o agente e ocuparam a ala 21. Depois disso eles atearam fogo a colchões e ocuparam todas as alas da prisão.

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O agente rendido no momento em que a rebelião começou conseguiu escapar. Todos os reféns são presidiários. Eles estão amarrados no telhado da penitenciária e sofrem tortura e ameaças de morte, alguns estão feridos (veja imagens). Parentes dos presos estão no local e aguardam o andamento das negociações. Dois presos saltaram do telhado para fugir da ação dos rebelados. Segundo a Sesp, eles já receberam atendimento médico e não correm risco de morte.

A Sesp diz que não tem informações de quantos presos participam da rebelião. Os detentos, que se dizem ligados à facção criminosa PCC, ainda não apresentaram uma pauta de reivindicações, mas pediram a presença de um advogado, um representante dos Direitos Humanos e do chefe do Departamento de Execução Penal (Depen), Luiz Alberto Cartaxo Moura, que chegou no local por volta das 15h30. O Centro de Operações Especiais da Polícia Militar (COE) assumiu as negociações. A PEL II tem capacidade para 1.086 detentos, e no momento abriga 1.150 homens.

*Com informações dos repórteres Danilo Marconi e Daiane Einz, da RICTV Londrina