
A deputada federal Christiane Yared afirmou que esse julgamento é uma conquista para o país e serve de leitura para todas as pessoas que bebem e dirigem
Muito abalada após o julgamento de Carli Filho, Christiane Yared afirmou que o ex-deputado perde oportunidades, já que pediu desculpas e não perdão pela morte de Carlos Murilo de Almeida e Gilmar Yared, em um acidente de trânsito, em maio de 2009. “Perdão é algo que vem da alma e você vê nos olhos da pessoa. Era o momento dele ter me abraçado e pedido perdão. Ele tá perdoado. O perdão não é pra mim, é para ele viver melhor”, disse, muito abalada.
A deputada federal e mãe de uma das vítimas contou que, horas antes da tragédia, o filho Gilmar tinha ligado para um amigo para ir a uma igreja. Segundo ela, durante o culto, ele havia se reconciliado com Deus e iria voltar para a igreja no domingo seguinte, que era Dia das Mães. “Eu não pude receber esse abraço do meu filho. Eu recebi, no Dia das Mães, a notícia de que meu filho tinha sido decapitado. Eu recebi a cabeça do meu filho no Dia das Mães”, conta.
Para ela, esse julgamento é uma conquista para o país e serve de leitura para todas as pessoas que bebem e dirigem. “Nós, mães, queremos que nossos filhos fiquem conosco. Nós não queremos eles trocados por cestas básicas, não queremos eles trocados por serviços na comunidade”.
Yared finalizou sua fala argumentando que seu filho não foi enterrado e, sim, plantado. “Eu colho frutos do meu filho com o Instituto Paz no Trânsito, onde a gente salva vidas. Colho frutos do filho no Congresso Nacional quando eu grito por vidas e luto por leis que sejam mais rígidas”, ainda emocionada, ela afirmou que a luta continua pelos vivos, porque eles precisam de vida, já que não existe a possibilidade de trazer os mortos de volta.
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