Mônica Marchezani, mãe do jovem baleado no último dia 4 de setembro em Chicago, nos Estados Unidos, contou ao jornal O Globo que a intenção de saírem do Brasil, há quatro anos, era justamente fugir da violência. João Pedro Marchezani, de 23 anos, continua em estado crítico no hospital após ser atingido por tiros no banco de trás de um carro, onde estava com a namorada e uma amiga.
“Eu falei para todo mundo: eu saí do Brasil com medo da violência, do que poderia acontecer com os meus filhos, e porque eu queria um futuro melhor para eles. Pensei: ‘Vou levar meus filhos para os Estados Unidos porque, assim, eles vão ter mais paz, segurança, e vão poder estudar em colégios e universidades americanos de qualidade'”, afirmou Marchezani.
A polícia norte-americana ainda investiga o caso e não encontrou responsáveis do crime. A suspeita é de que tenham sido membros de uma gangue local que, na noite do ocorrido, disputava corridas pela região. Para a polícia, um integrante disparou a arma após ser fechado no trânsito pelo jovem, ou a gangue tentou roubar o veículo.
“Lembro que, assim que recebi a notícia, eu perguntei ao meu marido: ‘Eu trouxe meu filho para os Estados Unidos para ele morrer?’ O que a gente sabe até agora é que era uma gangue, que fica ali naquela região. Aqui, nós temos um aplicativo chamado Citizen, que mostra tudo de ruim que acontece pela região: tiro, batida, coisas desse tipo. E as pessoas sinalizaram que eles (os criminosos) ficam no cruzamento de duas avenidas de Chicago, por onde meu filho e os amigos passaram. É uma gangue perigosa, conhecida e antiga”, contou.
A família busca, agora, ajuda nas redes sociais para angariar fundos para pagar as despesas médicas nos Estados Unidos.