A 143ª DP (Itaperuna) ainda tem uma série de questões a responder antes de concluir o inquérito sobre o caso do adolescente, de 14 anos, que matou os pais e o irmão, de 3 anos. O menino confessou o crime na última quarta-feira (25) e desde então duas delegacias têm trabalhado em busca das respostas para o assassinato da família que aconteceu no dia 21 de junho.

Após encontrarem o corpo do casal, Inaila Teixeira, 37 anos, e Antônio Carlos Teixeira, 45 anos, e do filho mais novo em uma cisterna próxima à residência da família, a equipe da 143ª DP apreendeu o adolescente que confessou o crime horas depois.
O menino revelou a arma utilizada e deu os primeiros indícios da motivação dos assassinatos. Apesar das informações, as autoridades ainda não concluíram se o garoto teve ajuda de alguém ou se foi influenciado por outras pessoas.
Respostas que precisam ser esclarecidas sobre o caso
1. O que motivou o crime?
O adolescente que matou os pais e o irmão alegou “acidente doméstico” inicialmente. Porém, no local os policiais encontraram sangue nos lençóis e um odor de queimado dentro da casa, que levaram as buscas na proximidade do imóvel. Após encontrarem os corpos, o menino confessou que teria atirado contra a família por ser proibido de conhecer a namorada virtual.
Apesar da revelação, o delegado do caso, Carlos Augusto Guimarães, titular da 143ª DP (Itaperuna), também trabalha com a versão na qual o menino realizou uma pesquisa de internet sobre “como receber FGTS de falecido”. O pai teria direito a receber R$ 33 mil.
2. A namorada do adolescente participou?

A namorada do jovem foi apreendida na manhã desta terça-feira (1º), no Mato Grosso (MT). A menina de 15 anos, é natural de Água Boa (MT) e conheceu o adolescente em 2019, em partidas de jogos online. O namoro virtual não era aprovado pelos pais do adolescente. Na última quinta-feira (26), ela prestou depoimento à polícia e negou qualquer participação no crime.
Apesar disso, a polícia ainda aguarda acesso às conversas telefônicas entre os adolescentes, visto que a mesma revelou ter conhecimento e ter acompanhado virtualmente os assassinatos.
3. Tem mais alguém envolvido?
Conforme o delegado, o assassinato em si não teve testemunhas, visto que aconteceu de madrugada no quarto da família, no interior do Rio de Janeiro. Além da namorada, a polícia está investigando vizinhos e contatos online do rapaz.
4. Há histórico de violência na família Teixeira?

As postagens da família eram sempre direcionadas a palavras carinhosas ao filho. O pai do menino descrevia o adolescente como “pura ternura”, “companheirinho” e “amigão” nas redes sociais.
A equipe da 143ª DP investiga se o convívio dos familiares continuam como o descrito nas postagens. Nas redes sociais, Antônio Carlos também exibia imagens da pistola, arma utilizada pelo filho para cometer os crimes.
5. O adolescente que matou os pais e o irmão fazia parte de algum grupo?
O adolescente revelou à polícia que participava de diversos jogos na internet. Para investigar os contatos do jovem, a equipe está utilizando o acesso às redes do menino para entender os conteúdos que o mesmo consumia e se ele era influenciado ou aliciado a cometer crimes.
*Com supervisão de Jorge de Sousa
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