
Aproximadamente 19 cidades registraram casos de investidas criminosas contra delegacias, bases da PM, casas de policiais e prédio públicos
O Governo do estado evita falar das possíveis motivações, há uma semana os ataques não param em Santa Catarina, tudo indica ser ação do crime organizado. Desde a última segunda-feira (28) até o domingo (3), ônibus foram incendiados, vários órgãos públicos estaduais e municipais, bases da PM, delegacias e casas de policiais foram alvos de disparos de armas. Na segunda (28) e na quarta-feira (30) dois policiais militares foram assassinados, em Joinville e Camboriú, respectivamente. Bandidos também foram mortos em confronto com a polícia.
O comandante da Polícia Militar, coronel Paulo Henrique Hemm, chegou a gravar um vídeo, veiculado no Youtube, alertando colegas sobre agressões pessoais e orientando que o cuidado seja redobrado.
Até agora foram registrados episódios nas cidades de Florianópolis, Biguaçu, Palhoça, São José, Araranguá, Balneário Rincão, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Criciúma, Cocal do Sul, Içara, Tubarão, Itajaí, Camboriú, Balneário Camboriú, Navegantes, Joinville, Corupá e Jaraguá do Sul.
No fim de semana
Segundo a RIC Santa Catarina, no final de semana os ataques não cessaram, uma kombi da prefeitura e um caminhão foram incendiados na cidade de Joinville. A 4ª Delegacia da Polícia Civil, do bairro Aventureiro, também foi alvejada. O Fórum do município de Tijucas foi atacado, um coquetel molotov foi atirado na direção do prédio, mas a janela por onde ele deveria entrar não se quebrou, o que evitou mais um incêndio. Em Itajaí, uma base da Polícia Militar, no bairro São Vicente, foi atacada na noite de domingo (3), por volta das 22h da noite, foram nove disparos e ninguém ficou ferido. Ainda no domingo, houve uma investida foi contra o Fórum de Navegantes, segundo testemunhas dois homens em uma moto passaram atirando.
O assessor da Polícia Civil, Francisco Dornelis, acha que a motivação é afrontar as instituições estaduais. As ações para combate ao crime organizado devem ser intensificadas, entretanto, não é possível divulgar detalhes para não atrapalhar os trabalhos.
Além dos episódios em Santa Catarina, os veículos de imprensa do país já divulgam informações de que listas com nomes de agentes da segurança (delegados, juízes e desembargadores) estariam circulando como possíveis alvos do PCC.
Em nota do governo do estado de Santa Catarina, emitida do dia 1º de setembro, a Secretaria de Estado da Segurança Pública afirma que ações vêm ocorrendo e estão sendo acompanhadas com o rigor devido e a resposta será à altura das agressões, no tempo adequado e nos parâmetros legais.
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