Se crimes forem comprovados, PMs investigados por mortes em confrontos podem ir a Júri Popular
Nesta terça-feira (13), 19 policiais militares do Paraná foram afastados das ruas após uma operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que investiga mortes em confrontos durante abordagens. Se as mortes não se tratarem de legítima defesa e crimes forem comprovados, os policiais podem ser denunciados e julgados pelo Tribunal do Júri.
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De acordo com o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, a operação ainda está em fase de busca de provas e não é possível afirmar como irá se desenrolar. Neste momento, 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
“19 deles [policiais investigados] estão afastados por determinação da Justiça e só podem vir a realizar trabalhos administrativos. Se houver uma indicação de que são responsáveis, qual seja, de que não atuaram em legítima defesa, eles haverão de ser denunciados à Justiça e, normalmente, caberá ao Tribunal do Júri, se isso prosseguir, uma decisão a respeito se os policiais realmente atuaram corretamente em legítima defesa ou se isso apenas foi uma narrativa”, explicou Batisti.
De acordo com a Polícia Militar do Paraná (PMPR), 22 policiais militares são investigados, sendo que 19 deles já foram afastados das atividades nas ruas. “Nada de ilícito foi encontrado em posse dos Militares Estaduais”, diz a nota. A PMPR ressalta seu compromisso em prestar todos os esclarecimentos necessários, atuando sempre em prol da transparência para com a população paranaense”, concluiu a PMPR.