A Polícia de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), investiga uma série de violências contra pelo menos quatro jovens do município, no último mês. A morte de duas vítimas já apontaram para o mesmo suspeito, o traficante Jhony Lourenço, conhecido por incentivar o uso de drogas, cobrar altos valores pelas substâncias e mandar matar caso não ocorra o pagamento.
Ariane de Sousa Silva e Emanoele Caroline Pavoni eram amigas e, de acordo com as informações da RIC Record TV, foram atraídas para o mundo das drogas pelo próprio traficante suspeito de matá-las. Jhony era o responsável por vender crack e cocaína as jovens. Após ambas perderem os empregos e se afastarem dos familiares, o suspeito teria começado a cobrar ainda mais caro pelas substâncias e as matado por terem acumulado uma dívida.
“Esse rapaz, de 25 anos de idade, é considerado foragido, já estamos na procura dele justamente por ser o responsável da morte das duas. A primeira por um desentendimento ocorrido, e a segunda após a suspeitas desse rapaz de que ela e seu namorado poderiam estar denunciando a morte da Ariane à polícia”.
Cassiano Aufiero, delegado de Almirante Tamandaré
Ariane foi morta brutalmente. Para a polícia, o traficante e mais um comparsa raptaram a jovem de dentro de casa e a mataram a pauladas. Para tentar despistar a polícia, os criminosos jogaram o corpo da garota longe da residência. Já para matar Emanoele, tudo indica que ela sabia que iria morrer, porém não teve tempo de fugir. Agindo de forma mais discreta no segundo homicídio, Jhonny entrou na casa onde a colega morava sem ser percebido por vizinhos e a assassinou em um domingo, com um tiro fatal na cabeça. O crime só foi constatado na segunda-feira.
Outras jovens
No momento, a Polícia tem concentrado esforços para descobrir se Jhony também está envolvido no caso de Andrielli, outra jovem da região que foi baleada no último sábado (18). De acordo com as informações levantadas pela reportagem, ela estava em uma festa, quando foi atingida por um tiro nas costas. Encaminhada ao hospital imediatamente, a jovem resistiu ao ocorrido e está em observação.
Para a polícia, depois da recuperação de Andrielli será possível descobrir se Jhony também tem envolvimento com o caso da terceira garota ou se seria uma “coincidência”.
“Vamos ouvi-la [após ela se recuperar]. Ela estava em uma festa quando foi baleada pelas costas. A princípio não se sabe quem teria feito o disparo, se foi direcionado a ela ou foi uma bala perdida”, diz Aufiero.
Larissa, diferente de Emanoele, Ariane e Andrielli, não tinha envolvimento com droga. Saiu para um encontro longe de Tamandaré, e foi encontrada com sinais de queimaduras e facadas em Campo Magro. Por enquanto a polícia não vê ligação nos casos e quer ajuda da população para chegar ao assassino.
“Ele vai queimar que nem ele queimou a minha filha”,
disse a mãe de Larissa para quem matou sua filha.