Josué dos Santos principal suspeito de matar o genro Anderson Alves da Silva, de 19 anos, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, se apresentou na delegacia na manhã desta sexta-feira (21), por volta das 10h, e foi liberado após prestar depoimento sobre o crime.
Junto com Josué também compareceram na delegacia dois advogados de defesa, sua esposa e sua filha de 13 anos, que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima.
O homem poderá responder pelo crime de homicídio em liberdade porque a Polícia Civil não solicitou ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) que fosse feita junto à Justiça um pedido de prisão preventiva ou temporária.
Entenda assassinato
Anderson foi morto com quatro disparos de arma de fogo, na noite da última terça-feira (19), dentro do veículo do seu pai na Rua Maria de Aparecida de Oliveira. Após cometer o crime, Josué fugiu do local.
As motivação do crime ainda não foi esclarecida pela polícia, as primeiras informações era de que a vítima foi morta depois manter a sogra e a namorada em cárcere privado durante toda a terça-feira, até que a mulher conseguiu fugir e pediu ajuda para o marido. Ciente de que o pai da jovem estava voltando para casa, Anderson então teria fugido e sido localizado pelo suspeito já na rua.
“A minha intenção era que ele permanecesse ali até a chegada da Polícia, inclusive tem provas, tem ligações. Minha esposa ligou (para polícia). Chamou a polícia para detê-lo né, não era a intenção atirar contra o rapaz”, contou Josué.
O pai da adolescente ainda relatou que o rapaz tentou pegar sua arma, por isso realizou os disparos. “O rapaz tentou tomar minha arma, estava na cintura, não estava em punho. Foi um momento que ele poderia ter me matado, ou matado minha família”, reforçou o homem.
“Eu sou um pai que defendi a minha família e vou defender. Acho que qualquer pai faria o que eu fiz. Não foi com intenção, mas infelizmente aconteceu o que aconteceu”, concluiu.
Relacionamento com menina de 11 anos
A filha do suspeito começou a se relacionar com a vítima quando tinha apenas 11 anos de idade. O namoro não era aceito pela família e o casal chegou a fugir para Coronel Vivida, no interior do Paraná, onde viveu por 2 meses. No entanto, após muitas brigas, os dois retornaram para a Campo Largo e continuaram o relacionamento mesmo sob protesto dos pais da garota.
Se a família da jovem não aceitava o romance dos dois, o mesmo não acontecia com a família de Anderson. Seu pai e sua madrasta chegaram a construir uma pequena casa, nos fundos de sua residência, para que o rapaz pudesse ficar sozinho com a adolescente.
Em entrevista, a madrasta de Anderson, declarou que a menina frequentava sua casa quase todos os dias. “Ele era apaixonado por ela. Ela fugia da escola e vinha ficar com ele aqui”, contou emocionada Maria Odete,
A mulher ainda declarou que não se conforma com a atitude tomada pelo pai da nora. “Eu queria muito bem ela, não esperava que fosse acontecer isso. Eu não perdoo ele (pai da adolescente) de jeito nenhum, por tudo que aconteceu. Nem ela, nem a mãe dela e nem ele. Não precisava ter matado ele, não quisesse falasse assim ‘eu não quero que ela namore com ele’. Está sendo muito sofrido”, lamentou a madrasta.